Daniel Gorjão: Quando os meus colegas me dizem que não há trabalho, eu digo: amigo, inventa
Daniel está sempre a inventar. "Não tens, inventas", diz este encenador de 30 anos que pegou na obra "Príncipe Bão", de Fernando Augusto, e transformou-a na peça "Radiografia de um nevoeiro imperturbável", que está no Teatro Nacional Dona Maria II até dia 7 de Dezembro. Nela aparece um D. Sebastião, nela estão espelhados jogos de poder que podiam ser os de hoje. Daniel gosta de provocar. "Esperámos pelo D. Sebastião, esperámos pela troika, agora esperamos pelo António Costa. Estamos todos no cais, à espera. Esperamos que, no nevoeiro, venha alguém. E somos crédulos nesse acreditar", diz Daniel Gorjão que, aos 18 anos, deixou Minde, foi trabalhar com Filipe La Féria, ficou no Teatro Politeama durante sete anos. Saiu, foi para o Conservatório e descobriu que não ia ser actor. A encenação era a cena dele. Fundou o colectivo Rosa74 Teatro e o Teatro do Vão. Para já. Daniel continua a inventar.
in Jornal de Negócios

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