A Mota-Engil anunciou esta quinta-feira que os lucros apurados no terceiro trimestre registaram um crescimento de 31%, atingindo os 50 milhões de euros. Em comunicado, a empresa liderada por Gonçalo Moura Martins revelou ainda que o volume de negócios do Grupo registou, nos primeiros nove meses do ano, um crescimento de 7,6%, atingindo os 1.789 milhões de euros. Este aumento deve-se, essencialmente, à performance fora da Europa, nomeadamente em África (mais 19%) e na América Latina (mais 24%).
No que diz respeito à rentabilidade operacional, o EBITDA registou um aumento de 18%, situando-se nos 313 milhões de Euros, enquanto o EBIT cresceu 11%, alcançando os 195 milhões de euros. Apesar do crescimento acentuado ao longo dos últimos trimestres (e do consequente consumo de carteira), o Grupo conseguiu neste ultimo trimestre aumentar a sua carteira de encomendas para valores inéditos, atingindo 4,4 mil milhões de euros. Os valores apresentados não incluem qualquer montante relacionado com o contrato assinado na obra dos Camarões e Congo (2,6 mil milhões de euros), o maior na história do Grupo Mota-Engil.
Na Europa, o Grupo teve uma queda no seu volume de negócios de 11% para um total de 649 milhões de euros. Quanto à rentabilidade operacional obtida na região, verificou-se a manutenção da margem de EBITDA nos 10,6%.
A actividade em África, região que representa, a Setembro, 47% da actividade total do Grupo e 69% do seu EBITDA, registou um aumento de 19% para valores recorde de 840 milhões de euros de volume de negócios em apenas nove meses. Quanto ao EBITDA, a região apresentou um valor de 217 milhões de euros. Deste modo, a rentabilidade operacional e uma margem que nos coloca como uma "best in class" ao nível das maiores construtoras que actuam no continente africano.
