Pedro Jóia: O guitarrista dá muito à guitarra, mas ela dá pouquíssimo ao guitarrista
Chama a guitarra de amiga. Às vezes, é inimiga. Resiste-lhe. Por mais anos que toque, não termina de querer tocar melhor. A sua guitarra é sua. Foi feita para si: uma guitarra clássica, mas com uma forma e sonoridade que o deixam tocar repertório de guitarra portuguesa. Teve formação clássica. Depois passou muito tempo a estudar flamenco, porque procurava abordagens com liberdade e sons sanguíneos, próximos de quem era, e também porque admirava Paco de Lucía. Tocou no Brasil vários anos, com muitos artistas de muitos géneros. Reencontrou-se com o fado. A guitarra é sua porque encontrou a sua linguagem. É um dos maiores guitarristas da sua geração. Continua a repetir e repetir e a avançar por milímetros. No dia 29 de Novembro, dá um concerto a solo em Lisboa, no Teatro São Luiz, seguido de uma apresentação do Trio Pedro Jóia.
in Jornal de Negócios

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