No mês de Setembro, em Lisboa, foram absorvidos mais de 25 mil metros quadrados de espaço de escritórios, "o valor mais elevado desde o pico de 2008".
Estes são os resultados do mercado ocupacional de escritórios de Lisboa, obtidos através do Office Flashpoint da JLL, que revela que, com este "take up", também os resultados acumulados dos primeiros nove meses de 2014 ? 78.482 metros quadrados – "já superam a actividade registada no total do ano passado ? 77.802 metros quadrados".
No seu comunicado de imprensa, a consultora imobiliária destaca que, em Setembro, o "take up" cresceu 244% face ao mês anterior e 199% face ao mesmo mês do ano passado, registando seis transacções acima dos mil metros quadrados, "uma área que é claramente superior à área média transaccionada nos últimos anos, a qual tem estado entre 350 e 500 metros quadrados".
A empresa frisa que esteve envolvida em três destas seis operações, "garantindo mais de 60% das grandes áreas negociadas", e que, em Setembro, pelo terceiro mês seguido, o Corredor Oeste foi a zona mais dinâmica, com 38% da ocupação, ficando à frente do Prime CBD, com 29%. Outro aspecto ressalvado pela consultora consiste no facto de 74% das operações serem referentes à mudança de instalações.
Nos pimeiros nove meses do ano, a ocupação ? 78.482 metros quadrados ? cresceu 76% relativamente ao mesmo período de 2013, tendo o terceiro trimestre sido "o mais dinâmico deste ano", com uma absorção de 37.462 metros quadrados e um crescimento de 58% face ao trimestre anterior e 97% face ao trimestre homólogo.
"Desde início do ano que começou a ser claro que 2014 marcaria o ponto de inversão do cilco de queda da ocupação de escritórios", afirmou Mariana Rosa, que considera "bastante positivo que, a três meses do fim do ano, já se tenham superado os resultados de todo o ano passado".
Para a directora de Office Agency e Corporate Solutions da JLL, é "seguro afirmar que devemos voltar a superar a barreira dos 100 mil metros quadrados de ocupação este ano, considerando que o último trimestre é tradicionalmente o mais forte do ano".
