Menezes defende que Porto tem de exigir “fatia substancial” do QREN
O candidato PSD à Câmara Municipal do Porto, Luís Filipe Menezes, disse esta quarta-feira que aquela cidade tem de “ter capacidade para exigir uma fatia substancial do QREN” (fundos comunitários) e que em reabilitação urbana “um milhão é curto”. O candidato social-democrata falou sobre formas de captação de investimentos no final de uma reunião que juntou, na Fundação Ilídio Pinho, empresários, economistas e académicos, para a constituição do Conselho Superior para a Estratégia e para a Supervisão Económica e Financeira da Câmara do Porto. “Registei uma ideia consensual de que a actual crise do país e na Europa não deve inibir o Porto. Uma coisa é sermos todos adeptos do rigor económico. Outra coisa é considerar que não somos capazes de criar riqueza para investir”, disse o candidato. Menezes lembrou que “o país vai ter acesso a cerca de 20 milhões de euros”, fruto do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN), em 2014/2020, e em reabilitação urbana “se falou de investir 20 a 25%”, desse valor. “Seriam quatro a cinco milhões de euros, o Porto tem que ter direito a uma fatia substancial. Atrevo-me a dizer que dos cinco milhões o que fique abaixo de um milhão para o Porto é curto”, disse o candidato. O candidato aproveitou para dizer que os seus adversários autárquicos são “mais `troikianos` do que a própria `troika`” e prometeu “exigir” a construção de travessias entre o Porto e Gaia, caso a “teimosia” em construir uma nova travessia em Lisboa avance. “Hoje, um empresário disse-me que o presidente da Câmara do Porto tem de ser o gestor da esperança e do desenvolvimento e não, como alguns estão a passar a ideia, o gestor da miséria e das restrições. É patético que esse discurso seja feito por candidatos que se dizem contra as políticas da `troika`”, disse. Sobre o candidato socialista, Menezes disse que foi “membro do Governo mais despesista de Portugal”, acusando-o de ter deixado “o maior buraco financeiro da história portuguesa no Ministério da Saúde”, uma verba que “dava para pagar as dívidas das autarquias durante 50 anos”. Já sobre o candidato independente apoiado pelo CDS, Menezes disse que este “não tem experiência de gestão”, já que a “pouca que teve foi para deixar um buraco de oito milhões de euros na Sociedade de Reabilitação Urbana”. Menezes diz querer ver construídas, num prazo de “vinte anos de distância, quatro a cinco travessias” entre Porto e Gaia, mas a única que vai incluir no seu programa imediato é a travessia pedonal, por a considerar “importantíssima para dinamizar o turismo das duas ribeiras”. O candidato comparou as verbas investidas em Lisboa e no Porto, ao nível de pontes, afirmando que a `Vasco da Gama` e a travessia ferroviária da `25 de Abril` custaram “cerca de dois mil milhões”. No Porto, contrapôs, ” o Infante, a ponte de S. João e o viaduto do Freixo custaram, em conjunto, 170 milhões de euros, ou seja, menos de 10% do que Lisboa investiu”. “Os portuenses são importantes como os lisboetas. Se fizerem a terceira travessia em Lisboa, como está no programa, aí sim, vamos antecipar a nossa exigência de que se façam mais travessias no Porto. Se a teimosia de Lisboa avançar, vamos avançar com exigências para fazer o Candal e, pelo menos, D. Pedro V”, concluiu o candidato. A lista de nomes, divulgados pela candidatura social-democrata, que integram o conselho estratégico, inclui os empresários Américo Amorim, Idílio Pinho, Manuel Violas e António Mota, o ex-ministro das Finanças, Miguel Cadilhe, o professor universitário, Daniel Serrão, e António Reis e Júlio Cardoso, da Seiva Trupe.
in Construir

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