Bombas de calor da Bosch pode passar a ser produzidas em Aveiro
O administrador-delegado da Bosch Termotecnologia, João Paulo Oliveira, anunciou esta terça-feira que a unidade de Aveiro “está bem posicionada” para receber a produção bombas de calor para sistemas de aquecimento. Em causa está um projecto do grupo alemão para a produção de bombas de calor “de alta eficiência e alta rentabilidade” para sistemas de aquecimento central. “Estamos a competir internamente com outras fábricas do grupo. É um produto essencialmente destinado para o centro da Europa e nós estamos muito bem colocados para o trazer para Portugal, que deverá atingir no terceiro ano os 50 milhões de euros de exportação e criar emprego adicional para 50 a 70 pessoas”, disse. Oliveira falava nas comemorações dos 20 anos da fundação do Centro de Investigação e Desenvolvimento na Bosch Termotecnologia, SA, em Aveiro. De acordo com o administrador-delegado da Bosch Termotecnologia, o investimento que o grupo terá de fazer em Aveiro “não é muito elevado” porque a maior parte já foi feito, desde que a unidade de Aveiro passou a produzir bombas de calor para produção de água quente. Vocacionada desde a sua fundação para a produção de esquentadores a gás, a fábrica de Aveiro decidiu, em 2009, adquirir competências também no negócio do aquecimento de água eléctrico, tendo iniciado em 2011 a produção de módulos de bombas de calor com especificações únicas. Do Centro de Investigação e Desenvolvimento na Bosch Termotecnologia, SA, em Aveiro, saíram já vários produtos inovadores para o mercado mundial, como o primeiro esquentador com ignição automática a baterias e o primeiro esquentador de água eléctrico baseado na tecnologia de bombas de calor. A Bosch intensificou as suas actividades de investigação e desenvolvimento em Portugal nos últimos anos, com Aveiro a ganhar destaque como local de produção para termotecnologia. Em 2012, a Bosch Termotecnologia, SA, gerou vendas de 205 milhões de euros e contava com cerca de 870 colaboradores, dos quais cerca de 60 engenheiros no departamento de Investigação e Desenvolvimento. Com cerca de 65% das vendas resultantes de produtos exportados para o mercado Europeu, a empresa tem apostado também no mercado africano, que já contribui para cerca de 15% das vendas totais e que pretende reforçar. Para João Paulo Oliveira, “a Investigação e Desenvolvimento permitiu que a empresa se destacasse, competindo em mercados mundiais”, salientando a relação estreita com várias Universidades e institutos técnicos. Na celebração dos 20 anos do seu Centro de Investigação e Desenvolvimento, a Bosch Terrmotecnologia formalizou novos protocolos com as Universidades de Aveiro, Minho e Porto, em cerimónia que contou com a presença de Franquelim Alves, secretário de Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação e de Mira Amaral, ex-ministro da Indústria.
in Construir

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