Investimento em retalho na região EMEA totalizou 14,7 mil milhões de euros

O volume de investimento em imobiliário de retalho na região EMEA (Europa, Médio Oriente e África) totalizou 14,7 mil milhões de euros no segundo semestre deste ano.

Este resultado compara com os 8,7 mil milhões de euros registados no mesmo período do ano transacto, de acordo com os dados divulgados pela Cushman & Wakefield (C&W), que revelam ainda que a quota de mercado do sector aumentou para 29,2% no segundo trimestre de 2014, comparado com 24% no mesmo período de 2013.

No seu comunicado de imprensa, a consultora explica que os volumes de investimento aumentaram no segundo trimestre deste ano devido a uma maior oferta de produto, a um aumento generalizado da confiança macroeconómica e às "evidências de que o volume de vendas por parte dos retalhistas estabilizou".

A C&W refere que, com base no desenvolvimento do volume de negócios, bem como os negócios que estão previstos, "é muito provável que a actividade no sector continuará a crescer na segunda metade de 2014". A consultora estima que ocorra um aumento de 21% nos volumes de investimento em retalho, "sendo expectável que atinjam os 50 mil milhões de euros até ao final do ano".

O comunicado de imprensa destaca que os volumes de investimento aumentaram 39% no segundo trimestre relativamente ao primeiro, "superando o crescimento geral do mercado de 20%".

"A melhoria generalizada no sentimento de mercado é uma boa notícia, mas o factor chave para o aumento da actividade no sector é a maior disponibilidade de produto de qualidade", declarou Marta Esteves Costa.

A associate e directora do departamento de Research & Consulting da C&W referiu também que, "até à data, os mercados core têm sido fundamentais para a maior actividade no sector", tendo-se registado, contudo, uma forte procura no Sul da Europa, "nomeadamente em Espanha, que tem vindo a assumir-se como um dos mercados mais importantes da região".

Enquanto que a Alemanha, o Reino Unido e a França apresentaram uma quota de mercado de 64% no trimestre em análise, os mercados do Sul da Europa aumentaram a sua quota para 10%, comparando com os 7% observados no primeiro trimestre. Portugal e Hungria "estão a ser alvo de um maior interesse por parte dos investidores".

Sobre Portugal, Marta Esteves Costa explica que "o interesse no sector de retalho não é ainda tão evidente", ressalvando que "de entre os 120 milhões de euros de investimento em imobiliário comercial até à data, menos de um quarto foram alocados ao sector de retalho".

in Construir

Ver original


Parcerias

Arquivo