Governo negoceia 1 bilião de euros para eficiência energética

altO Governo está a negociar com a União Europeia um “envelope financeiro” para a área da eficiência energética que rondará o bilião de euros, estimando que este pode ser aplicado na economia no final do primeiro trimestre de 2015.

Em declarações à Lusa, o secretário de Estado da Energia, Artur Trindade, explicou que o Governo ainda está a negociar e a finalizar as verbas com a União Europeia, no âmbito do acordo de parceria para a aplicação do novo quadro comunitário 14-20, destacando a eficiência energética como uma das áreas que é considerada relevante, tanto para o governo português como para Bruxelas.

“Não existe ainda um montante fechado, a ordem de grandeza não é de dezenas, nem centenas de milhões de euros, está nos milhares de milhões de euros, em torno de um bilião de euros. Poderão ser múltiplos desse valor ou em torno desse valor”, avançou Artur Trindade.

O secretário de Estado da Energia disse que o envelope financeiro, que está a ser negociado e será implementado, terá acoplado investimento do Banco Europeu do Investimento (BEI) e também da banca comercial, para alavancar e maximizar a capacidade de financiamento de projectos.

Como tal, o “envelope muito considerável” poderá ser maior ou menor consoante “se vão acoplando outros aspectos do BEI e da banca” e a decisão final sobre os fundos comunitários.

“Poderá haver uma injecção muito relevante de financiamento e investimento na economia nesta área da eficiência energética nas diferentes vertentes, empresarial, residencial, edifícios públicos e administração pública, ou seja, toda a panóplia de intervenções ligadas à eficiência energética e ao desempenho mais eficiente do sistema energético nacional”, afirmou.

Questionado sobre o momento em que essas verbas podem chegar à economia portuguesa, Artur Trindade ressalvou que os fundos comunitários são tutelados por outro ministério [liderado por Poiares Maduro], mas indicou que “agora fica fechado o acordo e depois os instrumentos de canalização dessas verbas para os interessados e a economia”, é poderá demorar mais uns meses.

“Estima-se que no final do primeiro trimestre já esteja tudo implementado e operacionalizado”, disse.

in Construir

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