João Quintela (Portugal) e Tim Simon (Alemanha), estão entre os 5 finalistas do concurso internacional lançado pela galeria de arquitectura alemã Weissenhof com o projecto do Pavilhão KAIROS, situado em Lisboa e que ao longo dos últimos meses tem recebido intervenções de diversos arquitectos e artistas nacionais e internacionais. O prémio vencedor foi atribuído ao atelier romeno UNULAUNO (Romina Grillo, Liviu Vasiu e Tudor Vlascenau).
No relatório apresentado pelos membros do júri do concurso, presidido por Valério Olgiati, é destacado "o carácter enigmático deste projecto que contrariamente ao convencional espaço neutro do ?cubo branco', tem o único propósito de desafiar o seu próprio uso ao receber intervenções de qualquer tipo para o transformar e, deste modo, estender a sua própria expressão no diálogo com outros autores".
Segundo os arquitectos portugueses, para assinalar este prémio, a Galeria Weissenhof irá apresentar uma exposição nas suas instalações, em Estugarda, de 17 de Abril a 15 de Junho de 2014 e será ainda editado um catálogo com a apresentação dos autores e respectivos projectos.
Esta é a 5ª Edição do prémio de Arquitectura Weissenhof, cujo principal objectivo é distinguir jovens arquitectos, tanto pela sua obra construída como pela abordagem conceptual ou estratégias arquitectónicas. Na mesma nota, João Quintela e Tim Simon sublinham que ao longo dos últimos anos esta iniciativa tem contribuído para a produção de um discurso arquitectónico contemporâneo.
A Galeria de Arquitectura Weissenhof foi criada em 1987 e é uma das mais antigas galerias de Arquitectura da Europa. As suas instalações situam-se concretamente num edifício pertencente ao bairro de Weissenhofsiedlung, promovido pela Deutscher Werkbund em 1927 sob orientação de Mies van der Rohe. Aqui encontram-se projectos de diversas figuras de referência do Movimento Moderno tais como Le Corbusier, Hans Scharoun, Peter Behrens ou Walter Gropius.
O Pavilhão KAIROS é um projecto criado no ano de 2012 com curadoria de Fabrícia Valente e em parceria com a empresa de betão pré-fabricado Gracifer, enquanto resposta a um insustentável e inibidor contexto social e económico, com o objectivo de estimular, gerar e apresentar trabalhos de âmbito cultural no qual a questão do Espaço surge como temática principal e inevitável. Trata-se de um pavilhão sem fins lucrativos situado na Lx Factory, em Lisboa, que pretende receber instalações de arquitectos e artistas plásticos pensadas especificamente e de raiz para este espaço, tirando partido e dialogando com as suas características e ambientes através de uma visão própria e investigação pessoal. A programação é estruturada numa lógica alternada entre intervenções realizadas por convite e projectos seleccionados por concurso.
