Economia de Moçambique é a que mais vai crescer até 2023

Moçambique tem, entre as economias dos países africanos subsarianos, a economia que mais vai crescer até 2023, de acordo com o relatório elaborado pela consultora Business Monitor International.

O documento aponta ainda a economia de Angola como uma das 10 referências no mesmo período. A consultora estima que o Produto Interno Bruto da África subsariana cresça, em termos reais, a uma média de 5,5% ao ano até 2023, o que contrasta com os 5,4% da Ásia e Pacífico excluindo o Japão, os 4,3% do Médio Oriente e Norte de África, os 3,9% da América Latina e os 3,5% dos países emergentes na Europa.

“Esta perspectiva risonha levou os observadores a cunharem o termo ‘Leões Africanos’ que, tal como os ‘Tigres Asiáticos’, mostram economias que estão a passar por períodos de rápido crescimento e grande interesse dos investidores”, lê-se no relatório da BMI, uma consultora baseada em Londres e com escritórios em Nova Iorque, Singapura e África do Sul.

Os dez países escolhidos, ordenados pelo nível de crescimento previsto para a próxima década, são: Moçambique, Tanzânia, Costa do Marfim, Uganda, Nigéria, Zâmbia, Angola, Gana, Quénia e Etiópia, de acordo com a Lusa.

O relatório afirma, no entanto, que um rápido crescimento não é sinónimo de resolução das desigualdades ou de melhoria no nível de vida dos cidadãos, alertando que “muitos países africanos virem os níveis de pobreza estagnar enquanto o crescimento económico acelerava, o que é o caso quando o desenvolvimento económico está concentrado em indústrias de capital intensivo que tendem a ser dominadas por mão-de-obra expatriada; Angola é um exemplo devido ao sector do gás e petróleo”, nota o documento.

“A justaposição do rápido crescimento com a continuada pobreza e os baixos níveis de vida fomenta o descontentamento e o risco político associado; falar de um ‘boom’ económico pode ser perigoso. O governo pode desempenhar um papel vital na redistribuição do rendimento, mas esta tarefa não é fácil, especialmente quando as exigências de melhores infraestruturas sociais começam a ser mais ouvidas”, lê-se no documento que analisa os dez países africanos que mais vão crescer na próxima década.

in Construir

Ver original


Parcerias

Arquivo