Custo de abandono do projecto “obrigam” Aveiro a retomar ponte junto ao Conservatório

Os custos decorrentes da interrupção dos trabalhos de construção da ponte pedonal na avenida Artur Ravara, junto ao conservatório de Aveiro, levam a que a autarquia vareira retome os trabalhos, pese as críticas ao projecto por parte do actual autarca Ribau Esteves, e contestada pelos pais dos alunos do Conservatório.

O projecto, incluído pelo anterior executivo no programa do parque da Sustentabilidade, vai ligar as zonas verdes do parque Infante D. Pedro e da Baixa de Santo António, procurando criar um contínuo ecológico, através de um “jardim suspenso” que servirá para os peões transporem a avenida Artur Ravara, de elevado fluxo automóvel.

A construção dessa ponte pedonal, financiada pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) foi fortemente contestada pelos pais dos alunos do Conservatório, por, conforme disseram, sacrificar o estacionamento e acesso àquele estabelecimento de ensino artístico.

Um abaixo-assinado recolhido pela associação e mesmo a suspensão das actividades lectivas, por “não estarem garantidas condições de segurança”, não demoveram o anterior executivo de prosseguir com a obra, criticada por Ribau Esteves, então candidato e agora presidente.

Uma vez eleito, Ribau Esteves mandou avaliar o custo comparativo de prosseguir ou não com a construção da ponte.

“Dado que a grave situação financeira da Câmara Municipal de Aveiro (CMA) não permite disponibilidades para suportar custos dispensáveis, a opção que tomamos é que tem menos custos para a CMA. E, no caso, essa é a opção de executar a Ponte e assim não onerar a despesa da autarquia em cerca de 200 mil euros”, justifica o executivo de Ribau Esteves.

A suspensão da obra iria criar ainda “problemas laborais e financeiros à empresa adjudicatária e consequências negativas na relação com os gestores do Programa Operacional do Centro, por não ser executada uma importante componente de uma obra em curso, cuja candidatura está devidamente aprovada”.

Uma nota de imprensa do executivo salienta, no entanto, que no projecto foram introduzidas alterações, “que vão ser executadas em obra e que permitem a devida acessibilidade automóvel e pedonal ao Conservatório, assim como a existência de um pequeno parque de estacionamento para doze viaturas na área adjacente à entrada principal do Conservatório”.

in Construir

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