A Cimpor pode ser condenada ao pagamento de 169 milhões de euros de multa, como resultado de um processo de tribunal que investiga "supostas condutas alusivas à prática de infracções à ordem económica nos mercados do cimento e betão pronto no Brasil por diversas empresas do sector".
Em comunicado enviado à CMVM, a cimenteira explica que quatro dos cinco conselheiros do Conselho Administrativo de Defesa Económica (CADE) votaram favoravelmente a "condenação de um conjunto de empresas no Brasil hoje sob a esfera da Cimpor ao pagamento de uma multa e à alienação de activos correspondentes a 25% da sua capacidade de produção instalada no Brasil".
Segundo a mesma fonte, o valor da multa contempla a multa imputada à Camargo Corrêa Cimentos, actualmente InterCement Brasil, "integrada no portfólio da Cimpor desde Dezembro de 2012", no valor de 76 milhões de euros, e a multa imputada à Cimpor Brasil, que já se encontra incorporada na InterCement, avaliada em 93 milhões de euros.
O comunicado informa também que o voto do quinto membro do CADE deverá ocorrer a 5 de Fevereiro e que, até lá, "não pode ser excluída a hipótese de alteração do sentido de voto dos demais conselheiros". Através da mesma fonte, a Cimpor afirma ter "a firme convicção de que nenhuma infracção foi praticada", pelo que as sociedades referidas irão recorrer da decisão de eventual imputação de multa.
