Outubro trouxe um arrefecimento de expectativas no mercado imobiliário

O mercado imobiliário nacional sofreu, em Novembro, "um ligeiro ajustamento em baixa", relativamente ao mês de Outubro.

Segundo os dados do IMI-Imovirtual Market Index, da Imovirtual, este "arrefecimento" deve-se à sazonalidade e "ao facto de se constatar, entre os profissionais, uma crescente preocupação em relação à manutenção de elevados níveis de restritividade bancária e ao aumento da EURIBOR para níveis máximos do último ano".

O inquérito conclui também que os profissionais do sector apresentam ainda "um maior consenso no que diz respeito às expectativas de curto prazo, não só para os preços de mercado (com 64,7% dos inquiridos a apontarem para uma estabilização dos mesmos), como para a própria actividade em geral (uma vez que 46,89% das respostas indicam a mantuenção dos actuais níveis)".

Segundo o comunicado da Imovirtual, o tempo médio para venda de imóveis desceu para um valor próximo dos 13 meses ? o melhor resultado atingido desde o início da série, em Julho de 2012. Por outro lado, o tempo médio para arrendamento subiu para pouco mais de quatro meses e meio, o que corresponde a um valor "em linha com os resultados obtidos ao longo dos últimos meses".

Na opinião dos inquiridos, os principais obstáculos enfrentados pelos profissionais para esoarem os seus imóveis consistiram, em primeiro lugar, na restritividade bancária ? 61,7% – seguida da diminuição do poder de compra ? 61,2% – e da instabilidade do mercado de trabalho ? 60,2%.

Embora o índice permaneça em terreno positivo, o efeito da sazonalidade – "inerente ao fim do ano e à efectiva penalização fiscal que a aquisição de imóveis implica nesta altura" – traduziu-se nas respostas obtidas, dado que 20,4% dos profissionais "reportaram uma ligeira deterioração do dinamismo da procura face a Outubro, e 25,9% indicaram o mesmo comportamento para o volume de transacções realizadas".

A Imovirtual destaca também a alteração do enquadramento jurídico do mercado imobiliário, com a entrada em vigor da nova Lei que regula o Sistema de Certificação Energética, uma vez que esta "veio impor novas regras no momento da divulgação dos imóveis", muitas das quais consideradas pelos profissionais do sector "impossíveis de serem implementadas no espaço de tempo definido do diploma".

in Construir

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