AR discute quatro projectos de resolução para reabertura da Linha da Beira Baixa

altOs projectos de resolução do PS, PCP, BE e PEV que defendem a modernização, electrificação e reabertura do troço Covilhã-Guarda da linha da Beira Baixa são discutidos na sexta-feira no Parlamento.

Em Fevereiro de 2009, foi decidida a suspensão da circulação ferroviária entre as cidades da Covilhã e da Guarda para obras de renovação naquele troço, mas, após o investimento em pontes, túneis e dez quilómetros de linha, a REFER suspendeu os trabalhos.

O assunto vai estar na sexta-feira em discussão no Parlamento, por iniciativa do PS, do PCP, do PEV e do BE, que apresentam quatro projectos de resolução para finalização das obras e reabertura do troço onde a circulação está suspensa.

O PS considera que o percurso Covilhã – Guarda “é de fundamental importância para a região e para as populações” e lembra que a via “foi objecto de um plano de modernização da sua infraestrutura, que representou um investimento de cerca de 350 milhões de euros”.

“Infelizmente, o actual Governo interrompeu as obras de beneficiação entre a Covilhã e a Guarda, não reabriu a linha, suspendeu o serviço de transporte alternativo e alterou o modelo de exploração da linha da Beira Baixa, diminuindo a sua qualidade e o seu nível de serviço com claro prejuízo para os utentes”, refere.

O PCP defende “a conclusão das obras de modernização, de electrificação e de requalificação” e a “reabertura ao transporte ferroviário de passageiros e de mercadorias, em todo o percurso na linha da Beira Baixa”. “A modernização e requalificação do troço entre a Covilhã e a Guarda é importante do ponto de vista regional e nacional”, sustenta.

O partido propõe ainda a reposição do material circulante Intercidades na linha da Beira Baixa, “que garanta um serviço público de transporte ferroviário de qualidade, com maior conforto aos utentes e menor tempo de viagem”. O BE pretende que o Governo finalize as obras de modernização e de electrificação da linha férrea e proceda à reabertura “imediata” do troço Guarda-Covilhã.

“Desde 2009 que a população está a ser iludida pelo poder político. Convencida de que a linha seria encerrada para receber obras de 350 milhões de euros, aceitaram-se as promessas então efectuadas. Desde então, poucas obras foram realizadas, o actual Governo acabou com o transporte alternativo entre a Guarda e a Covilhã e o troço continua encerrado”, assinala.

O BE também defende “a melhoria do material circulante utilizado no percurso Lisboa – Covilhã – Guarda”.

Por fim, o PEV recomenda a modernização, electrificação e reabertura do troço Covilhã-Guarda por considerar que “é uma infraestrutura imprescindível ao desenvolvimento do interior do país, com ligação à linha da Beira Alta e à linha do Norte”.

“A conclusão das obras e a reabertura deste troço ferroviário é fundamental e ansiado pelas populações”, alega. O PEV propõe ao Governo que “garanta a conclusão das obras de modernização e eletrificação” daquele troço e se comprometa “com a reabertura imediata dessa ligação”.

in Construir

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