Lucros da Mota-Engil sobem 50% até setembro para 37,9 ME

altO Grupo Mota-Engil registou um resultado líquido de 37,9 milhões de euros no 3º trimestre de 2013, o que representa um crescimento de 50%, antecipando o CEO, Gonçalo Moura Martins, que 2013 "será o melhor ano operacional de sempre do Grupo". O volume de negócios cresceu 2,4% para cerca de 1.663 milhões de euros com 72% proveniente de mercados internacionais.

Ao nível da rentabilidade operacional, o Grupo apresentou hoje um aumento muito significativo do EBITDA em 32% para 265,9 milhões de euros e do Resultado Operacional (EBIT) em 39% para 176,4 milhões de euros, com margens de 16% e 10,6% respectivamente.

Os mercados externos continuam a ser o motor de desenvolvimento do grupo, facto espelhado no aumento da carteira de encomendas face ao trimestre anterior para 3,7 mil milhões de euros, sendo que mais de 80% é oriunda destes mercados. Muito contribuíram as regiões de África, a suportar um nível próximo dos 1.500 milhões de euros e a América Latina que atingiu um valor inédito e superior a 1.300 milhões de euros. Desta forma, o Grupo continua a assegurar o objectivo de concluir o ano de 2013 com uma carteira nos 3,5 mil milhões de euros, apesar do contexto adverso na Europa.

No 3º trimestre de 2013, o mercado Europeu representou um volume de facturação de 727 milhões de euros, significando uma queda de 20,6% na região, fortemente influenciada pela redução em 28% do negócio de Engenharia e Construção, em função do contexto nos mercados de Portugal e Polónia.

No que respeita a África, a região que já representa o maior mercado do Grupo na área de Engenharia e Construção, foi igualmente a maior contribuinte para o crescimento do EBITDA. Efectivamente, o volume de negócios cresceu 37% para 706 milhões de euros, enquanto o EBITDA cresceu 63% para cerca de 163 milhões de euros com margem de 23%, destacando-se o crescimento significativo da actividade em Angola, Moçambique e Malawi, neste ultimo caso, muito influenciado pelo projecto de construção do corredor de Nacala, um troço ferroviário que liga a província de Moatize ao porto de Nacala, atravessando o Malawi.

Para Gonçalo Moura Martins, "para além da entrada em dois novos mercados africanos este ano, Zâmbia e Gana, o Grupo Mota-Engil continuará a desenvolver o estudo de oportunidades que tem em vista para a entrada em novos mercados que lhe permitam afirmar cada vez mais uma posição de liderança na região da África Subsariana".

A América Latina com um volume de negócios de 303 milhões de euros no 3.º trimestre viu a sua actividade aumentar mais de 42% face ao período homologo, cumprindo com o seu trajecto de forte crescimento na região e correspondendo, com sucesso, ao pipeline que tinha em vista para novos contratos na região, facto comprovado pela carteira inédita e superior a 1.300 milhões de euros que assim supera o valor (que havia sido o recorde na região em Junho com valores acima de 1.000 milhões de euros).

Com uma forte aposta que o Grupo tem realizado nos últimos dois anos nesta região, é natural que o EBITDA gerado se ressinta um pouco dos investimentos de entrada em novos mercados como o Brasil ou Colômbia, mas o Grupo acredita que terá o devido retorno na aposta que vem realizando na região.

Ainda assim, o EBITDA aumentou em 25% para 26,5 milhões de euros (21,2 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2012) com ligeira redução da margem pelos factos já assinalados.

No que concerne ao comportamento da gestão da dívida, o Grupo Mota-Engil assegurou uma redução no último trimestre de 52 milhões de euros da sua dívida, passando a ter um endividamento líquido de 967 milhões de euros, facto motivado essencialmente pela redução do investimento em fundo de maneio, tendo existido assim uma gestão financeira mais eficiente neste período.

Ainda sobre o mesmo tema, merece destaque o continuado trabalho para o aumento da maturidade da dívida, levando a que, em Setembro, o grupo tenha cerca de 74% da sua dívida com vencimento a mais de um ano, numa reestruturação iniciada em Março com a emissão de obrigações a retalho no valor de 175 milhões de euros, conjugada com operações complementares para o mesmo efeito.

Relativamente aos resultados financeiros, o Grupo teve um contributo negativo de 77,8 milhões de euros, correspondendo a um acréscimo de 30% dos encargos financeiros líquidos, em linha com o aumento do custo médio de financiamento motivada pelas condições de mercado e um aumento da exposição aos mercados financeiros na área internacional, com taxas superiores ao mercado europeu, mas que representam uma crescente confiança do sector financeiro em cada região no Grupo Mota-Engil.

O Grupo Mota-Engil, enquadrado pela performance obtida durante o 3º trimestre, está convicto do cumprimento dos objectivos definidos para o ano em curso, nomeadamente a manutenção dos níveis de crescimento do volume de negócios consolidado; a manutenção das margens em Portugal; o crescimento do volume de negócios em África e na América Latina, e por último, uma carteira de encomendas acima de 3,5 mil milhões de euros, suportada na actividade internacional.

in Construir

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