Investimento em imobiliário hoteleiro na região EMEA cresce 50% nos primeiros nove meses de 2013

O volume de investimento em imobiliário hoteleiro na Europa, Médio Oriente e África (região EMEA) alcançou os ?8,2 mil milhões no acumulado de 2013 até Setembro, o que evidencia um crescimento de 53% face ao mesmo período do ano passado, revela a Jones Lang LaSalle Hotels & Hospitality.

De acordo com uma nota de imprensa enviada ao Construir pela construtora, "as transacções de activos individuais representaram 54% do total do volume movimentado, um peso cerca de 13% superior ao que registava no ano passado. O restante volume de investimento foi gerado por um conjunto de negócios importantes de portfólios, impulsionando o investimento em mais de 160%".

No mesmo documento a Jones Lang LaSalle lembra que o maior negócio de um activo individual durante o 3º trimestre é relativo à venda do Grand Plaza Serviced Apartments em Londres, alienado à Federal Land Development Authority of Malaysia pelo valor divulgado de ?116,6 milhões. O segundo maior negócio registado foi a venda do First Hotel Amaranten, em Estocolmo, por ?114,7 milhões, seguindo-se o negócio da compra do Hotel Eden em Roma, pelo The Dorchester Group, por ?105 milhões.

No que concerne os negócios que envolvem a venda de portfólios de imóveis, a firma de capitais privados Gecina vendeu quatro complexos Club Med por ?280 milhões no âmbito da sua estratégia de focalização em activos considerados essenciais para o seu core business. Por seu turno, a empresa Derby Hotels Collection, sedeada em Espanha, comprou as restantes posições de 50% no Caesar Hotel em Londres e no Banke Hotel em Paris por ?240 milhões ao fundo de investimento Grupo Metropolis.

De acordo com a consultora, o Reino Unido continua a ser o mercado mais líquido na região EMEA, com os volumes de investimento nos primeiros nove meses de 2013 a superarem os ?2,6 mil milhões, o que representa um peso de 32% no total transacionado. Segue-se a França, com ?1,5 mil milhões (19%). Os grupos de investidores dominantes incluem fundos soberanos, os quais representam 26% do total dos volumes de investimento; fundos de investimento e empresas de capitais privados, com uma quota de 24%.

Dando continuidade à estratégia de desinvestimento em activos da última década, os operadores hoteleiros foram os vendedores mais dinâmicos durante os primeiros nove meses de 2013, contabilizando cerca de 29% das vendas realizadas. O volume de ?2,3 mil milhões de vendas realizadas por estes operadores incluíram a alienação de 27 hotéis da marca Principal Hayley à Starwood Capital, enquanto que a Fattal Hotels, sedeada em Tel Aviv, liderou um consórcio de investidores internacionais para a compra da alemã Queens Moat Houses Holding GmbH.

Jonathan Hubbard, CEO do Norte da Europa do Grupo de Hotels & Hospitality da Jones Lang LaSalle (JLL), comenta: "O 3º trimestre evidenciou o crescimento trimestral mais acentuado deste ano, com os volumes de transação a cresceram quase 70% face ao período homólogo de 2012. Com apenas três meses até ao final do ano, os volumes de investimento na região EMEA deverão exceder os ?10 mil milhões em 2013, bem acima das expectativas iniciais para a performance anual, reflectindo as perspectivas crescentemente optimistas dos investidores".

Christoph Härle, CEO da Europa Continental do Grupo de Hotels & Hospitality da Jones Lang LaSalle (JLL), afirma: "O Reino Unido e a França continuam a liderar a actividade de investimento na região EMEA, com quase 40% dos ?2,3 mil milhões investidos nestes países no 3º trimestre de 2013. A performance da actividade de investimento na Europa do Sul está a recuperar o ritmo, com países como Portugal e Itália a apresentarem um crescimento forte do RevPAR. Estas são boas notícias para os investidores que procuram comprar activos nestes mercados, os quais estavam, ainda há pouco tempo atrás, a enfrentar uma crise económica".

Giuliano Gasparini, Vice-Presidente Sénior Espanha & Portugal do Grupo Hotels & Hospitality, da Jones Lang LaSalle, afirma: "Apesar do baixo volume de transações registadas até agora em Portugal e Espanha, o nível de interesse dos grupos internacionais de investimento é muito elevado, com vários players activos de olho nas principais cidades e, particularmente, em Lisboa, onde a recuperação do RevPAR é já evidente, assim como nos destinos bem localizados nas zonas costeiras do Algarve. As origens do capital são diversificadas, tal como a China, Índia e Sudeste Asiático, bem como algumas "origens tradicionais" como o Reino Unido e a Europa em geral. Private Equity, Fundos Oportunísticos e HNWIs (High Net-Worth Individuals – Trad. Livre: privados com elevado património) parecem muito activos, dedicando tempo e esforço a estudar as oportunidades actualmente disponíveis. Há vários negócios em análise e alguns deles parecem estar a seguir o rumo certo".

in Construir

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