Alitalia tinha dívidas de 3 mil milhões até fim de fevereiro, diz governo italiano

A Alitalia, companhia aérea italiana tinha dívidas de 3 mil milhões de euros até 28 de fevereiro, diz o governo italiano numa notícia da Reuters.

A companhia aérea deficitária pediu para ser colocada sob administração especial (equivalente a PER) na terça-feira,  depois de os trabalhadores terem rejeitado um plano de 2.000 milhões de euros que previa cortes no emprego e outras concessões.

A informação consta do documento que marca a abertura do processo de administração especial e a indicação de três comissários que irão administrar a companhia aérea a partir de agora. O  governo italiano disse neste sábado que a Alitalia tinha passivos atuais de cerca de 2,3 mil milhões de euros e ativos avaliados em 921 milhões de euros.

A Alitalia apresentou pedido para ser colocada sob administração especial pela segunda vez em menos de uma década após os trabalhadores da empresa rejeitarem o seu mais recente plano de resgate, iniciando um processo que levará a transportadora a ser reestruturada, vendida ou liquidada. Os trabalhadores chumbaram o plano de 2.000 milhões que previa corte de 8% dos salários e certa de 1.000 empregos.

A empresa passa a ser gerida por uma administração de insolvência nos próximos seis meses, que deverá decidir vender a empresa (de forma parcial ou na totalidade) ou avançar para a liquidação.

 

A companhia aérea tinha aparentemente encontrado a solução para voltar aos lucros e resistir à concorrência das companhias de baixo custo. Mas depois de chumbado o plano de reestruturação, os acionistas da Alitalia, liderados pela Etihad, companhia de Abu Dhabi dona de 49% do capital, votaram a favor de apresentar um pedido de administração especial, ao abrigo da legislação italiana, que prevê nestas situações que o Governo italiano avance com fundos de tesouraria para permitir à companhia manter as operações.

O Governo italiano decidiu também emprestar 600 milhões de euros à companhia, para que esta mantenha a actividade operacional no prazo definido.

Serão ainda nomeados supervisores para apresentarem um plano de recuperação ou avançar para a liquidação. O prazo previsto é de 180 dias, podendo ser prolongado por mais 90 dias.

 trtr
in Diário Economico

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