Atitude empreendedora dos portugueses volta a crescer

De acordo com o estudo AGER 2016, da Amway Global Entrepreneurship Report, uma análise realizada em 45 países, com o apoio da Universidade Técnica de Munique e a GFK de Nuremberga, a grande novidade é o facto de Portugal ter registado um crescimento positivo de 10% no que toca à disposição dos portugueses, com 67% dos inquiridos a mostrar uma atitude positiva perante as temáticas do empreendedorismo. Um valor positivo, porém, mais baixo que a média europeia de 74% e a média global de 77%.

Esta atitude perante a criação do próprio emprego, é ainda mais notória, junto de um target jovem adulto. Os millenials, jovens menores de 35 anos, são os que se mostram mais motivados e com vontade para desenvolver o seu próprio negócio, com uma média nacional de 78%, muito acima dos 67% registados pelos adultos de 35 a 49 e dos 55% os sénior com mais de 50 anos de idade.

Quanto ao potencial para empreender, os dados já não são tão positivos. A vontade existe, mas as pessoas não a conseguem colocar em prática, visto que apenas 36% dos inquiridos (um número ainda mais baixo que em 2015 obteve 39%) pretende vir a criar o seu próprio negócio. E esta realidade afeta não só os grupos etários mais velhos, como os "jovens millenials", abaixo dos 35 anos de idade, que nesta análise apenas 44% se manifestaram de forma positiva.

Lisboa (72%) e Alentejo (71%) são as áreas regionais do nosso país que demonstram uma atitude empreendedora mais positiva, enquanto que o Algarve, é a zona geográfica que representa a menor percentagem (48%). No que diz respeito ao potencial para empreender a área do Grande Porto (37%) e Lisboa (24%) são aqueles cujos habitantes demonstram maior interesse em criar o seu próprio negócio enquanto que no Alentejo, apesar de ter uma elevada atitude positiva face ao empreendedorismo, é a área geográfica com menor potencial em Portugal, registando apenas 12%.

Este ano, as mulheres não se revelaram tão motivadas perante o potencial para empreender. Com um registo atual de apenas 31%, o estudo deste ano registou uma diminuição de 5%, comparativamente aos dados de 2015. Já os homens não se revelam tão pessimistas, este target apresenta um valor de 41%, no que toca ao potencial para avançar com a criação de negócios próprios.

O motivo maioritário para os portugueses, como para os inquiridos a nível global e europeu, continua a ser o mesmo ao longo dos anos: ser o seu próprio chefe (45%). Em segundo lugar, já a motivação para “concretização de ideias pessoais” aumentou 8 pontos percentuais, face aos cerca de 38% de respostas obtidas. A possibilidade para regressar ao mercado de trabalho (35%), a conciliação entre trabalho, família e lazer (19%) e a obtenção de uma segunda fonte de rendimento (17%), foram também opções que registaram um ligeiro aumento na votação.

Também a percepção dos portugueses relativamente ao futuro do empreendedorismo. Pensando a curto-médio prazo, para os próximos cinco anos, 28% dos inquiridos acredita que as pessoas estarão mais empregadas, com o seu próprio emprego, 25% acha que a situação se vai manter idêntica ao que se regista hoje em dia e 30% não abona o empreendedorismo de forma tão positiva.

“É muito positivo comprovar que a atitude favorável ao empreendimento na 7ª Edição do AGER cresceu. É um sinal claro de recuperação e vontade que a sociedade portuguesa quer mudar algo. Por outro lado, a percentagem referente ao potencial empreendedor baixou no presente ano e é uma variável em que apenas as empresas privadas e a sociedade, em conjunto com as entidades governamentais e de ensino público e privado devem trabalhar para inverter essa atitude”, revela Monica Milone, General Manager da Amway Iberia.

in Diário Economico

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