A mala de cartão já era?

A proeza deve-se a Erick de Sousa, um luso-descendente de terceira geração, que fez do seu champanhe um atleta de topo: a marca conquistou nos concursos da especialidade dezenas de medalhas de ouro e prata.

António Teixeira é o nome de outro português que se tornou famoso na capital francesa. Natural de Fafe, ele foi o homem que serviu as baguetes que o antigo Presidente Jacques Chirac comia todas as manhãs, no palácio do Eliseu. Ganhou o concurso da melhor baguete de Paris, em 1998 e, como prémio, ficaria um ano a fornecer o Eliseu, mas acabou por ficar três. Os vencedores dos anos seguintes não reclamaram e o padeiro português continuava a ir lá levar o pão.

"O segredo era não abrir a boca, dizer só bom-dia e continuar o caminho muito discreto", contou-me. O ex-presidente Chirac, apreciador das luso-baguetes, também não se queixou. Com o aumento do número de franceses a viver em Portugal e na véspera das eleições presidenciais, o Jornal Económico quis saber quem são e como vivem alguns membros desta comunidade. Quando AntónioTeixeira venceu o concurso da melhor baguete de Paris, os franceses estavam longe de olhar para Portugal como um dos melhores locais para viverem. Hoje dividem-se por Lisboa, Porto e Algarve. São professores, donos de negócios e têm um forte espírito de entreajuda.

Dizem que é mais fácil uma empresa vingar em Portugal do que em França, consideram Lisboa uma grande capital europeia e adoram o clima. Visitar as cidades onde nasceram só para ver a família e nas férias. Apesar da distância mantêm-se a par da atualidade francesa e vão votar nas eleições de domingo. Pelo menos estes quatro membro entrevistados pelos Jornal Económico têm uma certeza: não querem ver Marine Le Pen no Eliseu.

in Diário Economico

Ver original


Parcerias

Arquivo