PME’s vão entrar na Revolução da Indústria 4.0 mas não se trata de um ?Big Bang'

O Engenheiro Luís Mira Amaral e ex-ministro dos governos de Cavaco Silva, orador no debate sobre “Os Desafios e a Aplicação da Indústria 4.0”, levada a cabo pela NERSANT,  que decorreu na Startup Santarém defendeu a importância da inovação aberta que “é pôr a empresa em contacto com todos os stakeholders e através da troca de conhecimento, gerar inovação. O modelo que inclui as plataformas digitais, esta indústria 4.0, contribui muito para o aumento da inovação aberta”.

Em relação à importância desta Quarta Revolução nas PME, o antigo ministro garante que “uma PME tem de estar sempre a inovar, aliás as que sobrevivem é porque inovam, mesmo que não tenham consciência disso. Por isso, as PME naturalmente vão entrar nesta Revolução da Indústria 4.0”.

O ex-ministro destacou ainda a importância de aliar investigação às empresas e garante que “na investigação gastamos dinheiro para criar conhecimento, já a inovação empresarial pega no dinheiro que se investiu na investigação e aplica-o nas empresas para inovar. É uma transferência de conhecimento. Porque são as empresas que trazem dinheiro para a economia”.

Para Mira Amaral, a principal diferença da Indústria 4.0 é que envolve as Ciências da Vida: “estamos na quarta Revolução Industrial, a revolução da convergência entre o mundo físico, as tecnologias digitais, os sistemas biológicos e as ciências da vida. Esta é a minha tese, não se trata só de digitalização, passa para o âmbito das ciências da vida, se virmos bem é isso que está a acontecer na industria agroalimentar”.
Em relação aos constrangimentos e ao impacto social desta Revolução, o responsável destaca as previsões de que “10% a 15% dos atuais empregos no setor industrial irão desaparecer nos próximos 10 anos”, mas admite que, “serão criados tantos outros”.

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in Diário Economico

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