Emmanuel Macron processou a sua adversária, a candidata Marine Le Pen, por difamação, após esta insinuar, no decorrer do debate presidencial, na passada quarta-feira, que Macron teria um offshore nas Bahamas. As acusações, de momento em investigação, começaram por surgir em publicações de “notícias falsas com o objetivo de influenciar o sufrágio”, segundo noticia o jornal francês Le Monde.
A candidata de extrema-direita afirmou, durante o debate que contou com a participação dos dois adversários, afirmou esperar que a “conta offshore nas Bahamas” de Macron não fosse descoberta pela população francesa. A acusação tornou-se viral nas redes sociais, acompanhada de documentos, alegadamente assinados pelo candidato independente, cuja veracidade é de fácil averiguação. A equipa do candidato já veio a público afirmar tratarem-se de documentos falsos.
Em entrevista, Emmanuel Macron acusou os sites que divulgaram a acusação de estarem “ligados a interesses russos”, ameaçando “processar por difamação qualquer um que repita esta informação falsa”, sem hesitação, conforme referiu à AFP um ajudante do candidato.
O candidato às presidenciais francesas, quando acusado de ter uma conta secreta num banco, nas Caraíbas, defendeu-se afirmando "Não, Madame Le Pen (…) isso é difamação". Logo a seguir, Macron decidiu mencionar a investigação sobre alegados pagamentos fraudulentos ligados a Le Pen.
Por sua vez, Le Pen referiu, esta quinta-feira, à televisão francesa BFMTV, que "se o quisesse fazer, tê-lo-ia feito ontem. Só lhe fiz a pergunta. Se eu tivesse provas, tê-las-ia apresentado ontem". Já o partido a que a candidata presidiu desde 2011, até se tornar concorrente às presidenciais, desmente as suspeitas. Marine Le Pen afirma ser vítima de uma vingança com objetivos políticos.
O evento marca o último dia da campanha eleitoral para a segunda volta das presidenciais francesas. Dentro de dois dias, no domingo, dia 7 de maio, será então eleito o novo presidente da República francesa.
