Vídeo-Árbitro: Revolução na arbitragem portuguesa?

A Federação Portuguesa de Futebol decidiu antecipar a introdução do videoárbitro, inicialmente prevista para 2018/19, já na próxima temporada, de forma a reduzir o ruído e serenar o ambiente em redor do futebol português, anuncia a imprensa desportiva desta quinta-feira.

O Vídeo-Árbitro (VAR) começa já na próxima época e tem como investimento um milhão de euros por parte da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), escreve o jornal Record na edição de hoje.

Esta iniciativa vai ser aplicada aos 306 jogos da liga NOS, e cada partida terá um custo de dois mil euros. A utilização do VAR coloca Portugal na vanguarda da inovação, mas tem implicações em termos de financiamento. Uma vez que os custos vão ser totalmente suportados pela FPF, vai haver cortes noutros departamentos e, se esta tecnologia for um sucesso, terá de haver um entendimento com a liga na época 2018/19.

Ao contrário do que tem acontecido nos testes, o árbitro extra e o técnico de vídeo destacados para os jogos vão estar numas instalações próprias da FPF – a Cidade do Futebol – onde será instalado um centro operacional para receber as imagens captadas.

Os campos serão também reforçados com mais câmaras de TV, onde as imagens vão ser transmitidas em direto para a sede, em Oeiras, e onde haverá permanente contacto com o juiz de campo de cada jogo, para que sejam alertados de quaisquer situações que não foram bem julgadas, como golos (validação ou não), cartões vermelhos, penáltis e identificação correta de jogadores

Com esta medida, é esperado que o trabalho dos árbitros seja facilitado no momento de tomar uma decisão numa situação em que haja dúvidas. Fernando Gomes disse ao Correio da Manha que espera mesmo que os lances polémicos e os “erros dos juízes” sejam reduzidos em mais de 50%.

A Liga portuguesa vai assim seguir os passos da Holanda, e tornar-se na segunda da Europa com o vídeo-árbitro em todos os jogos na próxima época.

Apesar desta implementação ter início já na próxima época, e de ter intervenção direta nos jogos, o próximo ano vai ser considerado com um teste, porque só no ano de 2018 é que o Internacional Board vai decidir se tal tecnologia passa a ser definitva em Portugal, ou não.

in Diário Economico

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