Os resultados líquidos das três empresas portuguesas de energia que integram o índice PSI20 da Euronext Lisbon caíram 15,5% no primeiro trimestre deste ano, face a igual período de 2016, para 382 milhões de euros, apesar do crescimento de mais de 20% das receitas.
A EDP ? Energias de Portugal foi a empresa que registou a maior quebra, de 18,2%, mas continua a ser aquela que maior lucro apresenta, registando 215 milhões de euros de resultados positivos.
A empresa liderada por António Mexia atribui esta evolução ao registo de resultados não recorrentes, nomeadamente a contribuição extraordinária do setor energético em Portugal, que terá tido um impacto negativo de 70 milhões de euros.
Sem isto, o lucro da elétrica teria sido inferior em, apenas, 1%.
O lucro da Galp Energia 13,1%, para 99 milhões de euros, enquanto o da EDP Renováveis desceu 9,3%, para 68 milhões de euros.
Em sentido contrário, as vendas das três empresas cresceram 20,9% nos primeiros três meses do ano, face ao período homólogo, para 8,6 mil milhões de euros.
A Galp Energia foi a que verificou melhor desempenho, com uma evolução de 36,2%, para 3,8 mil milhões de euros, apoiada pelos negócios relacionados com o petróleo: exploração e produção e refinação e distribuição.
Os resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) da petrolífera também aumentaram, crescendo 43%, para 419 milhões de euros, mais uma vez, uma evolução suportada pela evolução do negócio do petróleo, já que o EBITDA do gás caiu 79%.
No período em análise, a dívida líquida foi reduzida em 5%, para 21,11 mil milhões de euros, com o esforço da EDP e da Galp, já que a dívida da EDP Renováveis aumentou 15,2%, para 3,17 mil milhões de euros.