Caixa BI: Banca prejudica média dos resultados das cotadas

Após a publicação dos resultados de 2016 pelas empresas portuguesas (integradas no PSI Geral e/ou no PSI 20) com cobertura activa pelo CaixaBI, o banco de investimento destaca que as empresas registaram um crescimento agregado do Lucro Líquido de 1,4%.

Isto devido ao contributo positivo de várias empresas que tiveram impactos extraordinários nos seus resultados, como a Corticeira Amorim, a Jerónimo Martins ou a Mota-Engil.

No sector bancário, as empresas cotadas (BCP e BPI) revelaram um lucro líquido agregado em 2016 de 337,1 milhões de euros, em comparação com um lucro líquido de 471,7 milhões de euros em 2015 (-29%).

Os resultados do sector bancário foram penalizados pelas medidas do BCP para reforçar o balanço (nomeadamente o reforço das provisões) antes da recapitalização concluída no 1º trimestre de 2017. “Se excluíssemos o sector bancário (BCP e BPI), o lucro líquido agregado das empresas portuguesas dentro da nossa cobertura teria aumentado 6,1% em 2016”.

Ao nível operacional, as receitas agregadas das empresas portuguesas em 2016 apresentaram um ligeiro decréscimo (-3,8% em ternos anuais, considerando todas as empresas e uma queda de 3,6% excluindo o sector bancário).

Destaque para a queda em empresas como a Galp Energia, a Mota-Engil e a Novabase, cujas receitas foram influenciadas em parte pelos processos de desconsolidação realizados no ano passado.

O Caixa BI destaca também o crescimento da receita apresentado pela Jerónimo Martins no ano passado (+ 6,5% em termos anuais ou + 900 milhões em 2016 vs 2015), reflectindo o Capex associado aos planos de expansão principalmente no mercado polaco, mas também na Colômbia .

A Sonae também apresentou um importante crescimento de vendas no ano passado (+ 7,5% ou +363 milhões de euros).

O EBITDA agregado das empresas somado ao Resultado Operacional Líquido, excluindo provisões para o caso dos bancos, diminuiu 2,1% em 2016 (-2,6% se excluímos o BCP e o BPI).

Durante os resultados de 2016 as empresas portuguesas apresentaram valores em linha com as estimativas do CaixaBI. “Para empresas com cobertura ativa, os Resultados Operacionais e o Lucro Líquido ficaram 0,7% e 0,8%, respectivamente, abaixo das nossas estimativas. Se excluímos o setor bancário, o desvio do EBITDA para nossas estimativas foi de -0,8% e o desvio do Lucro Líquido foi de -0,9%”, avança o research.

Tendo em conta todo o universo das empresas portuguesas abrangidas pelo CaixaBI, o resultado por ação (EPS) reportado no exercício de 2011 deverá aumentar mais de 13% de acordo com as nossas estimativas actuais.

A análise do Caixa BI abrange os números de 2016 da Altri; da Cofina; da Corticeira Amorim; dos CTT; da EDP; da EDP Renováveis; da Galp Energia; da Ibersol; da Impresa; da Jerónimo Martins; da Mota Engil; da NOS; da Novabase; da Navigator; da REN; da Semapa; da Sonae; da Sonae Capital e do BCP e BPI.

in Diário Economico

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