Paulo Soeiro de Carvalho: “As startups são a génese do futuro"

 

No arranque da Semana do Empreendedorismo de Lisboa (SEL), cuja sessão inaugural decorreu ontem, dia 2 de maio, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, foram divulgados os resultados do “Startup Genome Report” e outros dados sobre o ecossistema da capital.

Paulo Soeiro de Carvalho, diretor Municipal de Economia e Inovação da Câmara Municipal de Lisboa (CML), afirmou que o ecossistema empreendedor de Lisboa é dos que mais cresce à escala europeia. Tem entre 200 e 300 startups que, juntas, valem 1,2 mil milhões de euros. “As startups são a génese do futuro”, notou Paulo Carvalho.

As startups de Lisboa têm mais de um terço de clientes estrangeiros (34%), 10 pontos percentuais a mais do que as de Barcelona, ??por exemplo, e 9 pontos percentuais mais do que a média global. Lisboa encontra-se nos top 20 no que respeita ao acesso a mercados internacionais, para o qual contribuiu a Web Summit, evento que reuniu mais de 50 mil pessoas da comunidade tecnológica, em novembro.

Os números mostram ainda que Lisboa  apresenta a taxa mais elevada de mulheres fundadoras (17%) na Europa. Quanto à formação académica dos fundadores das startups, 82% têm mestrado ou doutoramento.

Atualmente, Lisboa tem 18 entre incubadoras e aceleradoras, e mais de 40 espaços de coworking. Em 2016, registaram-se 475 startups incubadas, gerando cerca de 3.164 postos de trabalho. Entre 2014 e 2016, foram criadas 700 empresas nos setores high-tech na capital.

Estes indicadores, segundo Paulo Carvalho, podem ser melhorados através da ambição em querer elevar Lisboa para uma das cidades mais competitivas e inovadoras da Europa. A estratégia passa por quatro motores: Atlantic Business Hub; Lisboa Startup City; Clusters estratégicos e conhecimento e inovação.

No entanto, o diretor admitiu que Lisboa tem ainda que corrigir falhas e atingir determinados objetivos. Na análise realizada pela organização internacional, constam-se como principais problemas a atracção de recursos, experiência das startups e desempenho do ecossistema. No entanto, o diretor sublinha que “Todos os dias morrem e nascem empresas em Lisboa”. Por outro lado, as  boas relações e ligações com o resto do mundo nas redes de empreendedorismo é um dos pontos positivos destacados.

No terceiro momento do encontro, o formato formato “Change It” permitiu criar uma conversa entre “Changers”, personalidades de referência de vários meios, que dão o “pontapé de saída”, moderado e direccionado por Ana Rita Clara.

Como Changers convidados  marcaram presença Miguel Fontes, director Executivo da Startup Lisboa; Lucy Crook, General Manager Second Home Lisboa; Bordalo II , Artista Plástico; Raquel Prates, Empresária e Apresentadora de Tv; Iva Domingues, apresentadora; a fadista Mariza, fadista; Margarida Rebelo Pinto Escritora e Pedro Pires de Miranda, da Siemens Portugal.

Até 7 de maio, a capital vai ter mais de 40 eventos com entrada gratuita e que vão juntar fazedores e grandes empresas, cerca de 70 parceiros envolvidos e a participação de cerca de 5.000 pessoas nos diversos eventos em mais de 30 locais e espaços espalhados por toda cidade.

 

in Diário Economico

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