A Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA, na sigla inglesa) fez mais de 151 milhões de registos telefónicos, sem autorização, e já depois do Congresso ter restringido esta utilização, de acordo com um relatório divulgado na terça-feira pelos EUA, noticia a Reuters.
O relatório foi a primeira medida de reação aos efeitos do Freedom Act de 2015, que limitou os registos telefónicos e contactos a que a NSA pode ter acesso. A Agência tinha apenas autorização para espiar 42 suspeitos de terrorismo em 2016, e um pequeno grupo de suspeitos que já estavam a ser acompanhados desde 2015.
A NSA tem vindo a reunir uma grande quantidade de dados telefónicos, registos dos números de telefone, duração das chamadas (mas não o seu conteúdo) desde o ataque no 11 de setembro de 2001.
O relatório foi divulgado numa altura em que o Congresso tem de decidir se autoriza novamente a “Seção 702” da lei de Fiscalização dos Serviços Secretos (FISA), que permite que a NSA armazene informação sobre cidadãos estrangeiros, que habitam fora dos Estados Unidos.
Especialistas em matéria de privacidade alegam que a “Seção 702” permite que a Agência tenha aceso às comunicações telefónicas e ao histórico da internet, sem mandatos do Tribunal.
A NSA já disse publicamente que parou de aceder à informação dos americanos que utilizam a internet para mencionar alvos dos Serviços Secretos, sem mandato.
