Governo britânico avisa: “Não vamos pagar” a fatura do Brexit

A saída do Reino Unido da União Europeia (UE) pode vir a ter um custo inicial de 100.000 milhões de euros, tendo em conta o recente endurecimento das posições da Alemanha e da França, adianta o jornal britânico ‘Financial Times’. Em resposta às exigências europeias, o secretário das Negociações para o Brexit do Reino Unido, David Davis, afirma que a prioridade é dicutir “em detalhe” as condições de saída da UE e garante que os britânicos não vão pagar a quantia avançada.

O montante a pagar, agora revelado, supera (e muito) os 58.000 milhões de euros anunciados inicialmente pelo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker. O número revisto em alta, consagra as exigências de vários Estados-membros e o pagamento de provisões para o setor agrícola e gastos administrativos comunitários previstos para 2019 e 2020.

Em Londres, David Davis afirma não ter conhecimento desse montante e reitera: “não vamos pagar 100 mil milhões”. Ao invés disso, o secretário britânico das Negociações para o Brexit pretende “discutir em detalhe quais são os direitos e obrigações” que serão imputadas ao Reino Unido.

David Davis subscreve ainda as palavras da primeira-ministra britânica, Theresa May, dizendo que prefere que não haja acordo o que se assine um mau acordo, ainda que “ninguém esteja à procura dessa solução”. No entanto, sublinha “temos de manter a opção alternativa” de sair sem acordo com a UE.

A confirmar-se a vitória de Theresa May no referendo de 8 de junho e o reforço da maioria parlamentar do Partido Conservador, as negociações devem avançar logo nas semanas seguintes.

in Diário Economico

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