Dia de resultados da EDP. Analistas esperam quedas devido a comparação difícil com 2016

O lucro líquido da EDP-Energias de Portugal terá tombado 23% entre janeiro e março, em termos homólogos, para 202 milhões de euros, segundo as estimativas do Caixa BI.

"A base de comparação dos resultados do primeiro trimestre é exigente na medida em que o primeiro trimestre de 2016 foi excelente e o de 2017 foi desfavorável, nomeadamente em termos de recursos hídricos e eólicos e de condições de mercado para as atividades liberalizadas", referiu o banco de investimento.

Em termos de EBITDA ? lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização ? a previsão do Caixa BI é de uma queda de 11% em termos homólogos para 1.009 milhões de euros, face aos 1,130 milhões do primeiro trimestre do ano passado.

O EBITDA terá sido afetado negativamente por dois fatores. O primeiro é a menor contribuição da área de atividades liberalizadas (dado que o início de 2016 foi muito e o de 2017 ficou abaixo da média em termos de recursos renováveis). O segundo é uma  diminuição de 19% no EBITDA da EDP Brasil "afetado pela mais-valia registada no primeiro trimestre de 2016 na sequência da alienação das centrais hídricas do Pantanal (no valor de 61 milhões de euros)”.

"Abaixo da linha do EBITDA salientamos que o montante das amortizações do primeiro trimestre deverá ser semelhante ao do período homólogo, dado que a extensão da vida útil dos ativos eólicos de 25 anos para 30 anos deverá compensar as amortizações decorrentes do aumento de capacidade", explicou o Caixa BI.

O Haitong prevê quedas ainda mais acentuadas, tendo na semana passada anunciado que estima que os lucros da empresa liderada por António Mexia tenham afundado 28% nos primeiros três meses do ano e ficado em 190 milhões de euros.

O EBITDA terá registado um decréscimo de 15% para 961 milhões de euros, de acordo com o Haitong.

in Diário Economico

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