Trump e a NATO. Pode o novo presidente dos EUA cumprir as suas promessas?

A 20 de janeiro entra o novo governo nos EUA mas como é que Trump pensa tornar as suas promessas realidade? Considerando a realidade política de Washington, o que é que é mais provável que aconteça? Segundo a “Bloomberg”, há vários desfechos possíveis para esta história.

O que é que Trump prometeu?

Durante a campanha, o republicano anunciou que estava preparado para abandonar as garantias de defesa de longa data com a Europa, a menos que os aliados europeus começassem a cumprir as suas “obrigações para com os americanos”, ou seja, procedessem ao pagamento devido na área militar. A consequência do não pagamento recairia na "suspensão" do artigo 5º da organização, que sustenta que um ataque contra um membro é um ataque a todos.

Isso faz sentido?

Trump está certo sobre a incapacidade dos aliados europeus ocidentais de pagar sua parte justa. Em 2015, apenas quatro membros cumpriram o mandato de gastar 2% de seus orçamentos nas forças armadas. Mas, muitos deles – incluindo a França e a Alemanha – aprovaram o aumento dos gastos que foi exigido recentemente (e o montante nem sequer inclui o que alguns deles gastam a hospedar tropas norte-americanas que, no caso da Alemanha, são mais de mil milhões de dólares). A NATO está também a criar uma força de reação rápida de 40 mil soldados apoiados pelo poder aéreo, tanques e artilharia pesada para refutar qualquer agressão russa, o que salienta que a organização não está "desligada dos EUA".

O que ele deveria fazer?

Trump deveria atenuar a retórica, mas manter a pressão na Europa para manter os seus planos de gastos militares. Os EUA deveriam também assumir liderança no reforço da fraca ciber-segurança, ajudando os países bálticos a contrariar a propaganda pró-russa destinada a enfraquecer as suas instituições políticas.

O resultado mais provável?

Obama saiu do seu primeiro encontro com o presidente eleito com a notícia de que Trump reafirmaria o compromisso dos EUA com a NATO. O candidato eleito já deixou para trás muitas das promessas polémicas que tinha feito na campanha e, espera-se que entenda que, no contexto corrente, entre a ascensão da rússia de Vladimir Putin e a guerra global contra o terrorismo, a NATO é indispensável.

in Diário Economico

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