Costa ‘guarda’ Paulo Macedo para o Banco de Portugal

Paulo Macedo está nos planos do governo para vir a ser um dos próximos vice-governadores do Banco de Portugal, avança hoje o ´Público'. Há seis meses atrás, António Costa equacionou o anterior ministro para a Caixa Geral de Depósitos, mas acabou por ser guardado para o banco central. Mas, caso António Domingues se demita, em consequência da polémica com a sua declaração de património, Paulo Macedo poderá ser uma hipótese para a liderança do banco público.

O jornal diário, refere que este cenário terá de ter o acordo do governador Carlos Costa que já terá dado sinais ao Governo de que essa pode ser uma boa solução.

Contactado pelo ?Público', o Banco de Portugal não comentou, mas a atual prioridade de Carlos Costa é o processo de venda do Novo Banco. Quando o governador desencadear os processos de escolha, o ministro das Finanças fará uma proposta ao Conselho de Ministros, seguindo-se a homologação pelo Presidente da República. A opção Paulo Macedo tem, de todo o modo, o acordo de Marcelo Rebelo de Sousa que está corrente da preferência do chefe de Governo.

Segundo o Público, "a ideia de António Costa é que Macedo preencha um dos lugares que ficou vago no banco central." Desde meados de Setembro que os dois vices de Carlos Costa ultrapassaram o limite de cinco anos dos respetivos mandatos, e a preferência do Governo, é para uma total renovação da equipa no Banco de Portugal, com Paulo Macedo a fazer equipa com Elisa Ferreira nos lugares de topo da administração. A ex-eurodeputada socialista, de resto, já entrou no banco central com esse lugar no horizonte, tomando em mãos dossiês sensíveis, como o da supervisão prudencial da banca.

O plano do Governo de António Costa para o Banco de Portugal passa por ter, na sua liderança, personalidades políticas – e não apenas economistas ou "tecnocratas". Com Carlos Costa inamovível, o caminho a seguir é preencher os cargos disponíveis com personalidades do mundo político.

Se Elisa Ferreira passou sem problemas no teste da nomeação, também o ex-ministro da Saúde tem condições para o fazer. O ?Público' refere que, "Macedo foi ministro no Governo de Passos Coelho, o que é apontado como prova de independência da escolha; foi dos menos contestados pela oposição, na altura, apesar dos enormes constrangimentos orçamentais. E acrescenta a isto um currículo na banca: foi administrador do BCP, sendo agora administrador da Ocidental (também do grupo Millennium BCP)".

in Diário Economico

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