Acquawise Consulting apresenta PSS em Tirana

agua1101A Acquawise Consulting apresentou, em Tirana, o Planeamento da Segurança do Saneamento (PSS) enquanto “ferramenta de gestão para apoiar a implementação do protocolo água e saúde”.

Esta apresentação foi feita no âmbito do workshop “Melhorar o abastecimento de água e saneamento em pequenos sistemas, para uma saúde melhor”, que teve lugar na capital albanesa, promovida pela Organização Mundial de Saúde. Segundo o comunicado da empresa portuguesa, estiveram presentes no evento decisores nacionais, regionais e locais, de autoridades dos sectores da saúde, água, ambiente, infra-estruturas e desenvolvimento.

A mesma fonte explica que o evento visava apoiar o trabalho que este país dos Balcãs tem desenvolvido em prol do protocolo, que constitui “o primeiro instrumento de cooperação internacional para proteger a saúde humana e o bem-estar das pessoas através de uma melhor gestão da água”, no sentido de prevenir, controlar e reduzir a transmissão de doenças por via hídrica. Portugal ratificou-o em 2006, juntando-se a outros 25 países europeus que integram a Comissão Económica das Nações Unidas para a Europa (UNECE).

O protocolo compreende, ainda , como objectivos, a protecção dos ecossistemas de água e das águas destinadas à produção de água potável, a prevenção e gestão das descargas da agricultura e de emissões de substâncias perigosos e o tratamento de águas residuais através de sistemas colectivas de saneamento, entre outros.

Raquel Mendes revelou ao Construir que o objectivo deste workshop consistiu em "apoiar o país a operacionalizar o protocolo". "Estão numa fase inicial, mas face às apresentações que diversos organismos fizeram no âmbito do workshop, parece-me que terão capacidade técnica", complementou a managing partner da Acquawise.

Questionada sobre a forma como o PSS pode ajudar à implementação deste protocolo, a responsável da empresa portuguesa explicou que os países que ratificaram o protocolo deverão estabelecer vários objectivos neste âmbito, como os níveis de eficácia a alcançar pelos sistemas colectivos e pelos outros meios de abastecimento de água e saneamento, e a aplicação de boas práticas à gestão do abastecimento de água e do saneamento, incluindo a protecção das águas utilizadas para produção de água potável.

Outro dos objectivos a estabelecer consiste na ocorrência de descargas de águas residuais não tratadas, bem como a qualidade das descargas de fluentes das instalações de tratamento de águas residuais. Por fim, permanece ainda o objectivo da eliminação ou reutilização das lamas de depuração dos sistemas colectivos de saneamento, ou outras instalações de saneamento, e a qualidade das águas residuais utilizadas para fins de irrigação ou aquacultura.

"Ora, uma gestão mais eficaz dos sistemas de saneamento de águas residuais, que assegure a resiliência e a segurança desses sistemas, e justifique os investimentos necessários em melhorias, requer uma compreensão adequada dos riscos existentes e de como é que estes podem ser melhor controlados, afirma Raquel Mendes, explicando que isso é possível "através do PSS".

Segundo a responsável da Acquawise, esta ferramenta de gestão preconiza uma avaliação de risco para "identificar de forma sistemática e gerir os riscos ao longo do sistema de saneamento, desde a produção até à reutilização ou eliminação". O PSS visa também orientar o investimento com base em riscos actuais e futuros, para além do desenvolvimento de uma abordagem de equipa multi-sectorial – "ou seja, reunir e direccionar os esforços de todas as partes interessadas envolvidas no sistema de saneamento (autoridades de saúde, de ambiente e de agricultura, entidades gestoras, regulador e sector privado) na gestão do risco de modo a estimular um diálogo político e a mudança e a maximizar os benefícios de saúde e da protecção do ambiente". Por fim, esta ferramenta tem também o objectivo de fornecer garantias às autoridades e à população em geral sobre a segurança de produtos e serviços relacionados com o saneamento.

Sobre as oportunidades que a Albânia poderá representar para as empresas Portuguesas, Raquel Mendes remeteu para o AICEP mas não se coibiu de emitir a sua opinião. "É um país com oportunidades, pelo menos no sector da água", afirmou, destacando que, segundo a sua percepção, "o país está a atravessar uma fase de reestruturação no que se refere à governação da água, para além de que está num processo de adesão à União Europeia e, por isso, tem necessidade de se adaptar às normas vigentes".

in Construir

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