Governo nega congelamento de verbas para infra-estruturas

42-estradas05.jpgO Ministério das Infraestruturas negou esta segunda-feira que o Governo tenha procedido ao congelamento de verbas ou que tenha desistido de “qualquer investimento considerado necessário, quer para a segurança rodoviária, quer para a melhoria da mobilidade da população e de mercadorias”. Questionado pelo CONSTRUIR a propósito das acusações da concelhia do PSD/Porto segundo as quais o Governo teria avançado para o congelamento de investimentos em infraestruturas rodoviárias “essenciais” para os concelhos da Maia, Trofa, Famalicão, Penafiel e Marco de Canaveses, todos liderados por sociais-democratas, numa “decisão irresponsável” e “eleitoralista”, o ministério liderado por Pedro Marques adiantou que “nenhum dos investimentos rodoviários previstos no PETi tinha qualquer plano de financiamento assegurado. Nas negociações realizadas pelo anterior governo com a Comissão Europeia para a realização do Portugal 2020 (fundos estruturais) não foi contemplado o financiamento de qualquer infraestrutura rodoviária”. O ministério das Infraestruturas adiantou que “os investimentos previstos pelo anterior Governo estavam muito deficientemente planeados, ao ponto de se prever avançar com obras cujo projeto tinha sido chumbado em estudos de impacto ambiental, ou cuja concretização não garantia a resolução dos problemas existentes. São disso exemplo o IC35 e a EN14, mencionadas na conferência de imprensa em apreço”. Nesse sentido, acrescenta a mesma fonte, o Governo mandatou a Infraestruturas de Portugal para prosseguir e/ou refazer todos os estudos necessários, assim como lançar os correspondentes concursos, com vista à concretização das obras. Bragança Fernandes, líder da distrital do PSD, acusou o PS de estar a tentar ganhar as eleições autárquicas na secretaria. “O Governo está a travar estes investimentos pois estamos a falar de concelhos liderados pelo PSD. Está descaradamente a fazer campanha política, tentando influenciar as eleições autárquicas, prejudicando claramente estes concelhos, as empresas e as pessoas da região”. Em conferência de imprensa, o também presidente da Câmara da Maia explicou estar em causa o anúncio do ministro do Planeamento sobre a revogação das obras de construção da variante à EN14, do IC35 e da EN211, num valor global de cerca de 38 milhões de euros. “Estes problemas não são de falta de dinheiro. Estamos perante uma questão política”, frisou Bragança Fernandes. “Se o ministro vai parar estas obras com financiamento assegurado, o que vai fazer a este dinheiro? Será que vai servir para fazer obras em concelhos socialistas?”, questionou na altura. De acordo com o líder distrital do PSD, o partido vai “esperar que o primeiro-ministro revogue a decisão”. Bragança Fernandes alertou que a EN14 é “o principal eixo exportador de toda a região Norte”, mas está “assente numa via completamente esgotada, insegura e intransitável”.

in Construir

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