Costa admite que fechar fronteiras não é solução para quem tem medo da ameça terrorista

O primeiro-ministro português, António Costa, defendeu hoje em Madrid, no final de um almoço de trabalho com o presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, que “a melhor maneira de travar a corrida para o abismo” é dar “respostas concretas” aos cidadãos e “aumentar a cooperação” entre os Estados-membros da União Europeia.

Segundo informação adiantada pela Lusa, Costa revelou que “a melhor forma de travar a corrida para o abismo que falava o Presidente Jorge Sampaio é dar respostas concretas aos cidadãos europeus”.

O primeiro-ministro português, referiu ainda que “a resposta a quem tem medo da ameaça terrorista não é fechar as fronteiras, é aumentar a cooperação” europeia nas áreas policial, judicial ou serviços de segurança. Apelou também ao investimento na cooperação com os países africanos para conter na origem a pressão migratória, considerando que “a boa resposta não é o protecionismo”.

Costa referiu Jorge Sampaio durante a sua intervenção, depois do ex-presidente ter lançado hoje um apelo para travar a “corrida para o abismo” potenciada pelo Brexit e pela vitória de Donald Trump nas presidenciais norte-americanas, alertando que não haverá paz duradoura se a desconfiança persistir. Palavras escritas num ensaio para o jornal Público, com mais de cinco páginas, onde o ex-chefe de Estado português refere-se ao resultado das presidenciais da semana passada nos Estados Unidos, que deram a vitória a Donald Trump, para advertir que é “impossível não olhar já para as eleições de 2017 em França e na Alemanha como próximas etapas prováveis desta corrida para o abismo”.

Entretanto, António Costa e Mariano Rajoy reafirmaram a vontade dos dois países ibéricos de manter “uma boa relação amigável com os Estados Unidos”.

“O que desejo é que cada país europeu mantenha excelentes relações com os Estados Unidos”, salientou António Costa.

in Diário Economico

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