Adalberto Campos Fernandes prestou explicações esta manhã em relação ao OE 2017 na área da Saúde, em especifico, os custos da reposição das 35 horas de trabalho semanais na área da Saúde ? um encargo que vale 19 milhões, segundo o “Jornal de Notícias”.
Em resposta a uma deputada do CDS-PP, o ministro da Saúde esclareceu que a reposição da semana de 35 horas aos profissionais da área representou encargos de 19 milhões de euros e, a previsão é de que a Saúde termine o ano com um défice de 248 milhões de euros, "um dos melhores saldos nos últimos anos", sublinha, "apesar do agravamento que sofreu com o défice herdado pelo anterior governo".
O ministro não se poupa nas críticas ao antecessor Paulo Macedo declarando que, "quem projeta menos 30 milhões de euros e acaba com menos 372 milhões de euros não é muito bom a fazer contas”.
“O objetivo traçado pelo anterior Governo para o défice de 2015 do Serviço Nacional da Saúde (SNS) era de 30 milhões de euros. Com a informação disponível em janeiro de 2016 estimou-se que o défice seria de 259 milhões de euros”, mas este atingiu os 372 milhões de euros.
Os deputados do PSD e CDS-PP voltaram a insistir na questão do aumento da dívida dos hospitais aos fornecedores, classificando a governação do atual ministro como “medíocre porque põe em causa a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde".
Nos últimos registos da Administração Central do Sistema de Saúde, em setembro, a dívida dos hospitais aos fornecedores era de 711 milhões de euros (62% mais que no mesmo período do ano passado), no entanto, Adalberto Campos Fernandes garante que tudo será feito para no final do ano “termos a mesma posição de 2015”.
