Wall Street ‘soma e segue’

A bolsa norte-americana abriu a negociar com ganhos, na sessão desta segunda-feira, com os investidores à espera de conhecer o programa económico de Donald Trump, que, pelo menos até agora, assenta apenas em linhas gerais. Entre as diversas medidas as que mereceram a maior importância por parte dos mercados financeiros estão o plano de infra-estruturas e a redução dos impostos.

O índice industrial Dow Jones ganha 0,21% para 18.888,34 pontos, o tecnológico Nasdaq sobe 0,05% para 5.235,76 pontos, e o S&P 500 valoriza 0,13% para 2.168,35 pontos.  Na última sessão, o Dow Jones estabeleceu máximos históricos, e há a expetativa que possa voltar a fazê-lo.

Em termos setoriais, destacam-se as perdas da energia (-0,33%) e telecomunicações (-0,50%). Do lado das subidas, o financeiro (0,13%) e as matérias-primas (0,13%) são os que mais se destacam.

Uma série de oradores da Reserva Federal estão previstos discursar nesta segunda-feira, incluindo o presidente do Fed de Dallas, Rob Kaplan, o presidente do Fed de Richmond, Jeffrey Lacker, e o presidente do Fed de são Francisco, John Williams.

Na Europa. a bolsa de Lisboa recua 0,16%, a negociar em mínimos de julho. A pressionar o índice está o comportamento da dívida pública portuguesa. A subida das ?yields' espanholas, italianas e portuguesas explica a underperformance dos respectivos mercados accionistas.

A penalizar o índice estão os ?pesos pesados': A EDP cai 1,35%, a Galp Energia perde 0,52% e a Jerónimo Martins recua 1,81%. Igualmente em queda, seguem os títulos da REN (-0,55%), Semapa (-0,76%) e Pharol (-5,70%).

A impedir maiores descidas no índice estão as ações da Altri (1,40%), BCP (0,33%), EDP Renováveis (0,82%), NOS (1,17%) e Navigator (0,72%). A estrela do dia, é mais uma vez a Sonae, a subir 3,22%.

Os principais índices europeus negoceiam com ganhos, com os investidores à espera de conhecer o programa económico de Donald Trump, que, pelo menos até agora, assenta apenas em linhas gerais. Entre as diversas medidas as que mereceram a maior importância por parte dos mercados financeiros estão o plano de infra-estruturas e a redução dos impostos

O Dax sobe 0,43%, o índice francês CAC ganha 0,42%, a praça holandesa AEX valoriza 0,56%, e o Footsie de Londres avança 0,38%.

O petróleo Brent perde 1,18% para os 44,22 dólares. O mercado mostra preocupação com o excesso de oferta de crude, após dados mostrarem que a produção nos países da OPEP aumentou para um recorde em Outubro, crescendo em 240.000 barris diários para 33,64 milhões.

No mercado forex o euro perde 1,22% para 1,0722 dólares, a fazer mínimos de janeiro deste ano. A Libra recua 0,92% para 1,2477 dólares. O mercado começa a sinalizar que a política económica de Trump criará pressões inflacionistas, que obrigarão a FED a acelerar o processo de aumentos das taxas de juro.

A ?yield' da dívida portuguesa a dez anos, negoceia a subir 12,4 pontos base para 3,621%, para máximos de um mês. A primeira consequência da vitória de Donald Trump foi a subida das yields americanas. O mercado americano de dívida é o maior do mundo e os seus movimentos contagiam os demais mercados obrigacionistas. Assim, desde 4ª feira que se tem assistido a uma subida generalizada das yields mundiais, um movimento que ganha uma maior expressão naqueles países em que a dívida pública é elevada (Espanha, Itália e Portugal). Esta semana Portugal volta aos mercados para se financiar até 1.500 milhões de euros em dívida de curto prazo.

 

in Diário Economico

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