O Governo espera que António Domingues permaneça à frente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), apesar da polémica em torno da entrega das declarações de rendimentos dos administradores do banco público. A estação televisiva SIC noticiou ontem que o Executivo espera que a maioria dos administradores se mantenham nos cargos e, para tal, entreguem as declarações de rendimentos e património no Tribunal Constitucional.
O Governo admite que haja pedidos de alguns administradores para manter sob reserva uma parte da declaração, especialmente a que diz respeito ao património. A lei permite-o até porque pode haver bens do cônjuge que não devam ser públicos.
António Costa já disse que “o Tribunal Constitucional é a entidade competente para dizer quais são os deveres que existem. Entendeu notificá~los, deu um prazo responder e apresentar o seu ponto de vista. Cada um de nós tem de cumprir com as suas obrigações. Ninguém está acima da lei”.
A SIC noticiou ainda que, para o Governo, ficou claro que havia excepção para os rendimentos, mas não para a entrega de declarações.
Nos últimos dias, foi noticiado por vários órgãos de comunicação que o Governo está a preparar uma solução alternativa para a administração da CGD, tendo sido avançado o nome de Paulo Macedo, ex-ministro da Saúde e antigo administrador do Millennium bcp. Mas o Ministério das Finanças negou que essa solução esteja em cima da mesa.
