Alterações climáticas: Respostas portuguesas conquistam distinção na Península Ibérica

A EDP ? Energias de Portugal e a Galp Energia integram a "Climate A List" do CDP – ranking que inclui as empresas que obtiveram "classificação A" pela implementação de ações para responder às alterações climáticas em 2015 – e foram reconhecidas como "Portuguese Climate Leaders". A Caixa Geral de Depósitos foi distinguida como "Best Voluntary Responder Portugal" e a Inapa como "Best Newcomer Portugal".

O CDP é uma organização internacional sem fins lucrativos que providencia um sistema global de medição, reporte e gestão de informação sobre o desempenho ambiental de empresas, cidades, estados e regiões a 827 investidores institucionais que gerem ativos no valor de 100 milhões de milhões de dólares.

A distinção das quatro empresas portuguesas por parte do CDP e da Euronext Lisbon decorreu recentemente, em Lisboa, num evento que teve lugar na Euronext e que também serviu de palco ao lançamento da edição ibérica do "CDP Climate Change Report 2016", relatório que analisa o reporte das principais empresas portuguesas e espanholas por capitalização bolsista – 40 portuguesas e 85 espanholas ? ao nível da gestão de emissões de carbono e das ações e estratégias de resposta às alterações climáticas.

"A base deste relatório usa informação relativa às atividades das empresas antes do Acordo de Paris o que demonstra que, estando muitas já no caminho certo, ainda há uma grande lacuna. Com centenas de empresas a divulgar que antecipam alterações substanciais nos resultados devido ao Acordo de Paris, esperamos assistir, nos próximos anos, a uma alteração para objetivos de longo-prazo e mais baseados na ciência", explica Paul Simpson, CEO do CDP.

"Com os investidores a tentar reduzir os riscos alterando o rumo dos investimentos para infraestruturas menos intensivas na utilização de carbono, o foco vai ser mais intenso nas ações corporativas. Ainda há muitas oportunidades por explorar nesta fase de transição", reforça.

Assim, o relatório ibérico conclui que cerca de 60% das maiores empresas em Portugal e Espanha reduziram a intensidade carbónica das operações em 2016. Contudo, o total de emissões reportado tem vindo a aumentar, pondo fim à tendência global de diminuição das emissões dos anos anteriores. Por outro lado, a maioria continua a investir em renováveis como um meio para reduzir a pegada carbónica, com 78% das portuguesas a reportar investimentos em tecnologias de baixo carbono.

Importa ainda sublinhar que todas as empresas analisadas têm implementadas atividades de redução das emissões de carbono e sobre o preço voluntário de carbono, 40% refere usar este instrumento como facilitador de estratégias de planeamento e contabilização e 15% estão interessadas em usar este instrumento nos próximos dois anos. Por último, cada vez mais, as empresas estão a adotar critérios científicos para estabelecer objetivos de redução de emissões.

in Diário Economico

Ver original


Parcerias

Arquivo