Novo Banco com lucro de 3,7 milhões no terceiro trimestre

O Novo Banco registou pela primeira vez um resultadom líquido positivo, no terceiro trimestre, com um lucro de 3,7 milhões de euros, anunciou o banco liderado por António Ramalho. No conjunto dos primeiros nove meses do ano, o Novo Banco teve um prejuízo acumulado de 350 milhões de euros, uma melhoria de 14,3% face ao período homólogo.

“Este resultado evidencia uma clara melhoria face aos trimestres anteriores. Recorde-se que o Novo Banco teve em média desde a sua origem em 2014 resultados trimestrais negativos superiores a 250M? e no primeiro trimestre do ano apresentou -249,4M? e no segundo trimestre -113,3M?”, referiu em comunicado o banco de transição liderado por António Ramalho, que está a ser objeto de um processo de venda conduzido pelo Banco de Portugal.

Nos primeiros nove meses, o crédito a clientes registou uma redução de 3,1 mil milhões de euros, enquanto os recursos de clientes tenham “estabilizado”, segundo o Novo Banco. Nom caso dos depósitos, teve lugar uma diminuição de 2,7 mil milhões de euros face a Dezembro do ano passado, para 24,7 mil milhões. “No entanto, os depósitos de clientes no segmento de retalho registaram uma evolução muito positiva com um crescimento superior a 800M?, resultado que ilustra um claro sinal de consolidação da confiança dos clientes no Novo Banco”, defende a instituição. Imparidades aumentam, mas custos diminuem

Segundo o Novo Banco, o montante afeto a provisões, no valor de 762,6 milhões de euros, representa um acréscimo de 298,3 milhões face ao período homólogo de 2015. As imparidades incluem 425,8M? para crédito, 113,7M? para títulos e 110,6M? para custos de reestruturação, especificou a instituição.

Por sua vez, os custos operacionais situaram-se em 449,9 milhões, uma redução de 24,3% face ao período homólogo.

“O rácio de capital regulamentar Common Equity Tier 1 (CET1) estimado para 30 de setembro de 2016 fixou-se em 12,3% o que representa uma melhoria de 30bp face a junho de 2016”, destacou o banco de transição liderado por António Ramalho.

Ainda de acordo com o mesmo comunicado, o Novo Banco antecipou uma parte dos objetivos que tinham sido fixados no seu plano de reestruturação. “Assim a redução prevista de pessoal foi atingida em setembro (menos 1062 colaboradores contra o objetivo de menos 1000); a redução de custos operacionais também já está garantida (menos 145M? até setembro contra um objetivo de menos 150M? para final do ano); e o número de balcões após os últimos encerramentos previstos, situar-se-ão em 540, contra 550 previstos no plano)”, referiu.

in Diário Economico

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