O Jornal Económico foi conhecer melhor esta inovação de ponta da NOS que permite que o mundo virtual seja misturado com o real, possibilitando maior interação e abrindo uma nova dimensão da maneira como se executam tarefas. O sistema, que utiliza óculos holográficos da Microsoft, permite interagir com a televisão de forma personalizada. Uma experiência que nos permite estar no Peru ou em Roma com apenas um clique.
Que produto inovador é este que a NOS trouxe ao Web Summit?
É importante referir que não é um produto de realidade virtual mas sim, de realidade aumentada que mistura a nossa realidade com conteúdos virtuais, ou seja, nós dentro do stand temos duas paredes brancas que podemos forrar com estilos, e assim eu vou ver a realidade e o estilo que escolhi. Também posso colocar uma tela da app NOS TV para ver uma televisão, ver um jogo de futebol através de um clique no estádio e ver as várias câmaras e as várias filmagens.
O projeto está a ter visibilidade aqui?
Sim, está a ser bastante bem recebido, o que nos ajuda também a posicionar o projeto como viável.
Este produto está no Web Summit à procura de um investimento?
Não, só estamos a dar a conhecer. Nós acreditamos que o Web Summit é um espaço de partilha, estamos aqui a mostrar o produto mais inovador que estamos a criar. É uma troca de experiências com empresas de todo o mundo que trabalham também na área e com quem temos aprendido e partilhado. Este é o espirito do Web Summit, saímos todos mais ricos.
Há previsão de lançamento deste produto no mercado?
O que temos aqui é um conceito. A decisão ainda não está tomada, podemos vir a lançar este produto ou não. Pessoalmente acredito que vai ser lançado. O produto final pode não ser exatamente igual a este protótipo, mas de facto existe um espaço próprio para os media no mundo da realidade aumentada. Este proof of concept que temos aqui está relacionado com desporto, mais concretamente com futebol. Nós acreditamos que a realidade aumentada permite ter uma experiência de desporto muito mais imersiva. O cliente está exposto não a um ecrã limitado, mas ao número de ecrãs que quiser, ele próprio controla a situação externa com um áudio real de cada uma dessas câmaras em termos de captura, com informação real de tudo o que está no terreno. É quase melhor do que estar no estádio.
Qual é a previsão de preço de um produto deste género?
Este tipo dispositivo que apresentamos custa hoje no mercado cerca de 3 mil euros, um valor ainda elevado. No entanto, acreditamos que com a massificação da tecnologia, em 24 meses este produto pode ter o mesmo valor que um smartphone, isso irá impulsionar a massificação deste tipo de device e aí nós queremos estar como líderes, queremos mostrar que de facto estamos a criar produtos inovadores que vão permitir aos nossos clientes ter uma melhor experiência de conteúdos comparada com a que têm hoje.
A realidade aumentada já é um tema dos últimos tempos. Em que é que esta inovação de realidade aumentada da NOS difere das existentes?
A NOS trabalha em parceria com a Microsoft, e já trabalhamos com este tipo de device há um ano e meio, praticamente na altura em que eles foram lançados. Para se ter uma ideia, empresas como a NASA estão a utilizar este tipo de equipamento. A grande vantagem, e o seu fator distintivo comparado com outros que apareceram anteriormente no mercado é que, o que é virtual mas que aparece no espaço real é sentido como real, não é uma experiência que cansa, não é uma experiência que sentimos como algo virtual e, como tal, é algo que tem potencial de ser massificado, não é só um demo, não é uma brincadeira, é algo que pode ser utilizado. Foi nesse contexto que a NOS tomou iniciativa de desenvolver produtos e, alguns dos lideres em termos de inovação estão a apostar neste tipo de device também. Nós desenvolvemos experiências de media, pois é o core da nossa empresa, neste caso experiências de televisão avançadas.
Vai ser preciso uma box NOS para poder utilizar este sistema ou é um projeto "independente" nesse sentido?
A televisão é mais que a box. A box é algo que nós somos obrigados a ter hoje para dar toda aquela riqueza daquele que é o nosso conteúdo. O futuro dirá o que é que será o futuro, em termos de boxes podem vir a ser mais simples e inovadoras ou até chegar ao ponto da desmaterialização desse aparelho. O nosso compromisso com os clientes é dar acesso aos melhores conteúdos e às melhores experiências.
