Estudo da Cosec diz que 78% das empresas manteve o rating do risco

A análise dos Balanços de 2015 conclui que mais de 90% do universo de empresas mantiveram ou melhoraram o seu "rating" na Cosec.

Um comunicado da segurada de riscos de crédito diz que, face ao universo de entidades analisadas, “verificou-se que 78% das empresas mantiveram a sua classificação de rating, 12,5% melhoraram e 9,5% verificaram uma degradação. Esta evolução, com destaque para o facto de 90% do universo de empresas nacionais mantiveram ou melhoraram o seu "rating" na Cosec, confirma a elevada capacidade de antecipação da evolução do risco das empresas nacionais, efetuada com base nas diversas fontes de informação externas e internas que suportam a base de dados da Cosec.

Numa análise por setores e atendendo aos balanços recolhidos relativos ao exercício de 2015, verifica-se nos sectores onde a COSEC concentra maior exposição, a maioria das entidades manteve a sua anterior classificação de rating. Na alimentação 75,6% mantiveram o rating; 13% pioraram e 11,4% melhoraram. No setor automóvel 79,1% mantiveram, 13% pioraram e 7,9% melhoraram.

Nas empresas do sector de matérias-primas 73,5% melhoram rating de risco, 13,5% melhoraram e 13% pioraram.

No setor do papel 77,7% mantiveram risco, 10,2% pioraram e 12,1% melhoraram.

Produtos químicos também com a manutenção do rating a liderar (75,1%), mas 14% pioraram e 10,9% melhoraram. Empresas de serviços mantiveram 88,5% o seu rating; 6,5% piorou; e 5% melhorou. Textil e Transporte também com manutenção de rating de mais de 70%. No transporte 16% das empresas pioraram o rating. Estes são os setores de risco reduzido. Nos setores de risco elevado: Componentes de telecomunicações; eletrónica, equipamento doméstico, metalúrgico, e retalho e serviços de tecnologias de informação, a manutenção do rating que avalia o risco de pagamento do crédito, foi na sua maioria mantido. o setor da eletrónica registou 15,6% das empresas com melhoria do rating. No setor de equipamento doméstico há 15,8% de empresas que pioraram o rating.

O setor mais arriscado para a Cosec é a Construção, onde 75,6% melhoraram rating e 9,8% melhoraram, e pioraram 14,6%.

Na sequência do processo de carregamento e análise dos balanços de 2015 envolvendo mais de 322 mil entidades, 78% das empresas mantiveram a sua classificação de rating na Cosec. Isto é, a seguradora procedeu, no último trimestre, à atualização dos balanços das empresas referentes ao exercício da atividade de 2015, para mais de 322 mil empresas nacionais, considerando os baclanços depositados eletronicamente no Ministério da Justiça, através da Informação Empresarial Simplificada (IES). E a análise confirma ainda a melhoria na classificação de rating de 12,5% das empresas analisadas e a degradação do rating em 9,5%.

“O processamento estatístico dos balanços confere maior segurança e transparência na avaliação de risco das empresas nacionais”, diz a Cosec que acrescenta que “este é um processo que permite atualizar os dados disponíveis na base de dados Cosec, para a qual contribuem diversas fontes de informação externas e internas, e que assegura a eficaz monitorização e gestão do risco efetuada pela Cosec no âmbito das apólices de Seguro de Créditos, traduzida num sistema de classificação de rating entre 1 a 10”.

A Cosec tem vindo a aumentar a sua exposição no Mercado Interno, ou seja o montante de garantias concedidas aos seus segurados para cobertura das suas vendas a crédito, atingindo no final do mês de Setembro um valor de cerca de 6,3 mil milhões de euros.

Realce também para os 5,7 mil milhões de euros de garantias concedidas a importadores nacionais, no âmbito da gestão de crédito efetuada para as congéneres da Euler Hermes, líder mundial em seguro de créditos e accionista da Cosec, “em muitos casos com importância decisiva na viabilização dos negócios das empresas nacionais”, diz a Cosec.

in Diário Economico

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