Centeno “acolhe com estranheza” previsões de outono da Comissão Europeia para Portugal

De Bruxelas chegaram hoje novas previsões e Mário Centeno estranhou-as. “As previsões da Comissão Europeia (CE) apresentadas hoje apontam para o crescimento da economia portuguesa em 2016, 2017 e 2018”, diz o Ministério das Finanças em comunicado. “Estas previsões confirmam ainda que Portugal deverá sair do Procedimento por Défices Excessivos em 2016”, acrescenta o Ministério.

Porém, refere a tutela numa nota enviada às redações, “o Ministério das Finanças acolhe no entanto com estranheza parte das referidas previsões”. Isto porque, sustenta, “fica por esclarecer a metodologia usada pela Comissão para que a previsão para o défice de 2016 se situe em 2,7% do PIB”.

Em reacção às previsões económicas de outono da Comissão Europeia o Ministério das Finanças diz que “esta previsão [défice de 2,7% em 2016] é idêntica há seis meses, embora os dados sobre a execução orçamental, que são públicos e escrutináveis, apontem para que se atinja um défice na ordem dos 2,4% do PIB em 2016 ? o mais baixo dos últimos 40 anos”.

A Comissão Europeia reconhece a notável melhoria do mercado de trabalho em Portugal, com uma redução abrupta do desemprego, lembra o gabinete de Centeno.

“Os mais recentes dados do INE confirmam isso mesmo, com a redução da taxa de desemprego para 10,5% no terceiro trimestre”, diz a nota.

A Comissão também dá conta do “excelente comportamento do turismo em 2016. Contudo, afirma que as exportações têm crescido de forma tímida, o que não corresponde aos últimos dados disponíveis”, diz o Ministério que lembra que “num ambiente externo adverso, as empresas portuguesas têm comprovado a sua competitividade e conseguido aumentar a sua quota de mercado em destinos maduros: em setembro de 2016, em termos homólogos, as exportações intra União Europeia aumentaram 7,9%”.

O gabinete de Mário Centeno responde com os índices de confiança, medidos pelo INE, que “têm melhorado consistentemente ao longo do ano, bem como os mais recentes indicadores de atividade económica”.

 

 

in Diário Economico

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