Opinião: A relação da Larus com a Arquitetura

PedroMartinsPereira_abril2016Pedro Martins Pereira Fundador e Presidente da Larus

A Larus envolve autores no desenvolvimento dos seus equipamentos desde o início da sua história. Arquitetos e designers definem as respostas às solicitações do mercado, quando não são eles próprios portadores das oportunidades, encontrando na empresa a solução confiável para os projetos em que se encontram envolvidos. Quiosques e esplanadas, que podemos considerar como micro arquitetura, foram os primeiros equipamentos, perseguindo as melhores soluções funcionais e de integração, sempre condicionadas por restrições financeiras. Seguiram-se linhas de mobiliário e equipamentos.

Os primeiros projetos desenvolveram-se com o apoio de autores externos. Inicialmente com Jorge Trindade, depois Daciano da Costa, Henrique Cayatte ou Francisco Providência. Destacamos o Sistema de Sinalética da Expo'98, com a coordenação do Henrique Cayatte e a intervenção do japonês Shigeo Fukuda nos pictogramas e do arquiteto italiano Pierluigi Cerri, na conceção base do equipamento. Bem como diversas linhas de mobiliário com o Professor Daciano, iniciando-se esta profícua relação com o desenvolvimento da linha de mobiliário para  Beja, no âmbito do Beja Polis, a que se seguiram diversos outros projetos, hoje disseminados por algumas cidades da europa, Médio Oriente ou África.

Seguiram-se projetos com os arquitetos Siza Vieira e Souto de Moura. Bancos, papeleiras e grelhas para caldeiras de árvore estendem-se hoje para fora do espaço nacional. Madrid, Versalhes ou Dubai são alguns exemplos. A forte renovação urbana a que assistimos nesta altura em praças e eixos centrais de Lisboa, incorpora significativos elementos de mobiliário de Siza Vieira, como diversas opções de bancos da linha Serralves.

Com Francisco Providência obtivemos o primeiro Prémio Mundial de Design, (Red Dot Award), em 2009, com a coluna de iluminação 17º, situação que se repetiu noutras alturas, uma delas com Souto Moura, com um recuperador de calor. Estas distinções permitem a credibilização da Larus em mercados exigentes, onde nos confrontamos com empresas muito reconhecidas.

Na relação de autores que têm estado envolvidos com a Larus, podemos referir ainda Inês Lobo, Alcino Soutinho, Carrilho da Graça, Josep Luis Mateo, Jesus Irissarri, Carlos Aguiar, Miguel Arruda, João Nunes ou João Gomes da Silva, como exemplos.

Recentemente produzimos uma linha de mobiliário para Londres com o arquiteto David Adjay. Neste momento, ainda em Londres, colabora connosco o arquiteto Will Alsop na elaboração de surpreendentes peças de arquitetura, na linha daquilo que lhe é peculiar.

A estreita relação entre os autores e a empresa, manifesta-se no convite invulgar para a plantação de uma árvore na cortina arbórea envolvente à nossa unidade industrial. É uma manifestação da relação afetiva que a Larus desenvolve com os autores. Uma placa sobre a árvore regista o nome do autor e a data. Surpreendentemente, alguns autores preocupam-se em acompanhar o crescimento da árvore que plantaram.

Há seis anos, lançámos o Prémio Ibérico Larus para premiar os bons projetos desenvolvidos para o espaço público por estudantes, profissionais e entidades públicas ou privadas de Portugal e Espanha. Pretendia-se distinguir o mérito de atuais e futuros profissionais, em momentos de grande incerteza, como hoje vivemos.

Este ano lançámos o Prémio Internacional Larus que irá envolver ações de divulgação no Médio Oriente, Magreb e Europa Central. Existe, naturalmente, uma intenção estratégica. Desta forma, a Larus apresenta-se no exterior com um estatuto que lhe permite a sua afirmação, quando em parceria ou em concorrência com os mais destacados gabinetes de projeto. Também se prestigia, em particular, a reconhecida competência nacional nas áreas do design e da arquitetura.

in Construir

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