“A Gencork alia o low-tech ao high-tech"

Corria o ano de 2015, por altura da feira Tektónica quando a Sofalca apresentou a Gencork como uma solução de revestimento acústico e térmico, criada em colaboração com a DigitaLab e com a particularidade de permitir a arquitectos e designers cobrir espaços interiores e/ou exteriores com aglomerado de cortiça expandida mas com o delicado detalhe de padrões únicos, aliando a funcionalidade à componente estética. A apresentação valeu-lhes o Prémio Inovação Tektónica 2015 e legitimou a forte aposta da empresa na criatividade e no design.

O nome nasceu do termo Generative Design, que assenta todo o seu processo criativo no conceito dinâmico e progressivo dos seus padrões. "A morfologia  dos nossos produtos evolui de acordo com o espaço, e adapta-se às superfícies com ou sem repetição, tirando o máximo partido das particularidades térmicas, acústicas e estéticas da cortiça", afirma Brimet Silva da DigitaLab. Passado pouco mais de um ano, a Gencork conquistou Paris e na apresentação na Maison&Objet da primeira colecção de painéis generativos, foi distinguida com o prémio "LES DÉCOUVERTES", entregue desde 2010 às empresas que se destacam por ditarem tendências na área do design. Na feira, a empresa foi mais longe e apresentou-se num stand totalmente construído com os blocos de cortiça da empresa de Abrantes, "mostrando que com excelentes materiais, know how  e respirando um conceito 100% ecológico, é possível criar espaços que marcam pelo seu design, usabilidade e durabilidade", disse na altura Paulo Estrada, CEO da Sofalca. Também o stand mereceu lugar de destaque pela organização do certame francês. "Termos sido destacados  pela própria organização de uma das maiores feiras a nível mundial na área do design deixa-nos extremamente orgulhosos", afirmaram Paulo Estrada, CEO da Sofalca, e Brimet Silva, o director criativo da DigitaLab.

Na Tektónica 2016, a Gencork voltou a dar nas vistas quando apresentou dois padrões com nove metros quadrados cada (6m x 1,5m), que aliou o desenho generativo computacional ao aglomerado da Sofalca. "A continuidade dos padrões ao longo dos seis metros de comprimento, sem nunca os replicar, demonstrou uma possibilidade única de revestimento contemporâneo com um material também ele único que se destaca para além das já referidas características térmicas e acústicas, mas especialmente pelas sensoriais", explicou ao CONSTRUIR Paulo Estrada, no âmbito de uma visita que fizemos ao stand da Gencork na LXD2016 (Lisbon Design Show) e onde o CEO da Sofalca nos levou pelos 50 anos de história da empresa familiar que hoje tem o design como pilar, depois de o mesmo ter nascido "como uma necessidade de procurar uma alternativa e um complemento para o aglomerado negro de cortiça expandida, produto que produzimos desde 1966". "Depois de 40 anos a fabricar um produto de isolamento em que 80% é, e sempre foi, para exportação e na maioria das vezes não o ?encontrávamos' à vista (era usado para isolamento), passar a considerá-lo como design foi uma enorme mudança nos comportamentos e motivações".

Paulo Estrada recorda que "a primeira parceria foi com o designer Toni Grilo, com quem criámos a marca Blackcork, numa vertente de mobiliário contemporâneo em cortiça preta. Seguiu-se o arquitecto Miguel Arruda com a Corkwave e a CorkWave Green, para revestimentos acústicos em Onda e, mais recentemente, o arquiteto Brimet Silva, da Digitalab, com a marca Gencork ? cork coovering solutions with generative design".

Convicto de que "não existe concorrência no Mercado" para a Gencork, Paulo Estrada sublinha que "esta é uma aplicação que alia o low-tech ao high-tech, o desenho generativo à cortiça, que permite utilizar a cortiça para efeitos de revestimento e tratamento acústico e térmico, com o desenho contemporâneo, permitindo o seu uso nos locais mais nobres".

A colecção pode ser vista em www.gencork.com

 

 

 

 

 

 

 

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