Interacionalização da construção e imobiliário passa por “estratégia triangular”

16-construcao.jpg O potencial que existe em inúmeros mercados externos poderá ser aproveitado caso as empresas da construção e do sector imobiliário adoptem uma estratégia de “cooperação triangular”, aproveitando o conhecimento que têm do setor para conquistarem financiamentos estrangeiros. A nota foi dada esta terça-feira pelo secretário de Estado da Internacionalização que, na sequência da reunião que manteve com associações afectas à fileira da Construção. Jorge Costa Oliveira assegura que o Governo está empenhado em “identificar o potencial que existe, ver que financiamento estrangeiro existe e desafiar empresas portuguesas a fazer candidaturas em mercados, seja através de parcerias, seja com cofinanciamentos”. O governante falava aos jornalistas no Porto, após um encontro na Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) com cerca de 40 empresas promovido pela Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI), e no qual foi debatido o tema “Internacionalização: Planeamento e Informação Estratégica para as Empresas do Setor da Construção e do Imobiliário”. Jorge Costa Oliveira não pormenorizou quais os projetos em causa, nem datas para entrega de candidaturas, mas avançou que uma das empreitadas “com interesse e potencial” está localizada no Dacar e envolve “forte financiamento do Banco Europeu de Investimentos”. “Vamos trabalhar conjuntamente para identificar oportunidades (…). Há projetos com financiamento internacional que estão em cima da mesa e poderão surgir parcerias tão breve quanto possível”, disse o governante, admitindo que “as empresas portuguesas têm conhecimento e uma grande capacidade de adaptação ao terreno, mas têm muitas vezes ou escassez de capital ou dificuldade em obter financiamento”. Dados da CPCI apontam que o setor do imobiliário e construção representa no volume de negócios no exterior de 10,4 mil milhões de euros, o que corresponde a 16,6% do volume de negócios de Portugal. Desses 10,4 mil milhões, 63% corresponde ao mercado africano, estando metade ligado a Angola, de acordo com dados de dezembro de 2014. “Disse-nos [referindo-se ao secretário de Estado] que esteve reunido com o Banco Nacional de Angola e está a fazer esforços para resolver problemas como salários e pagamentos. África para nós é um mercado significativo, ainda que hoje perspetivemos outros países importantes como Peru, Chile, Colômbia, Cuba, Paraguai e Uruguai. E faz todo o sentido que a Europa seja também um mercado prioritário para o nosso setor”, concluiu o presidente da CPCI, Reis Campos. O CONSTRUIR procurou mais reacções junto da CPCI, não tendo tido resposta até ao momento da publicação deste artigo.

in Construir

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