A Câmara do Porto aprovou a transferência de 17 edifícios, que necessitam de reabilitação profunda, e de 57 habitações para a DomusSocial (empresa municipal de habitação). Estes imóveis, localizados no centro histórico do Porto, servirão para que mais de 130 famílias possam regressar à Baixa da Cidade, a partir dos bairros periféricos para onde foram deslocadas nas últimas décadas. Estas casas provêm da antiga Fundação para a promoção do Centro Histórico, cujo processo de extinção foi concluído por Rui Moreira, tendo a Câmara ficado com as habitações e com fundos que lhe permitem investir na sua reabilitação. A Câmara do Porto investirá agora cerca de quatro milhões neste processo de regeneração urbana. De acordo com a proposta, a Câmara do Porto prevê que a Domus Social disponibilize “cerca de 120 habitações, predominantemente das tipologias T1 e T2” e ainda "sete estabelecimentos comerciais". O vereador com o pelouro da Habitação, Manuel Pizarro, informou ainda que já há uma lista de 120 famílias inscritas que manifestaram interesse em regressar ao centro histórico. A medida foi aprovada com o voto favorável dos independentes de Rui Moreira, dos três vereadores do PS e dos três vereadores do PSD. A CDU votou contra. O presidente da Câmara acusou o vereador comunista de não querer a reabilitação da cidade, de não querer alegria e de não querer cultura no centro da cidade, opondo-se ao desenvolvimento do Porto e ao seu repovoamento.