Open House Lisboa abre a porta a 73 lugares de excepção

svicDepois de confirmado o sucesso da 2ª edição do Open House Porto, Lisboa prepara-se para abrir as portas de uma selecção de 73 edifícios durante o fim-de-semana de 2 e 3 de Julho. A 5ª edição do Open House Lisboa tem um roteiro renovado e diversificado de onde constam também bastantes estreias.

Planos urbanos, museus, escolas, teatros, palácios, casas privadas, ateliers e até um estádio de futebol (Estádio da Luz), fazem parte dos lugares seleccionados e assinados tanto por autores consagrados como por emergentes. Da selecção fazem ainda parte sete pontos elevados que oferecem uma vista panorâmica da cidade e edifícios que simbolizam as principais entradas em Lisboa.

No âmbito de uma visita organizada para a imprensa em que o CONSTRUIR esteve presente, José Mateus, presidente da Trienal de Arquitectura de Lisboa e comissário desta edição, voltou a explicar o conceito do evento, lembrando que se trata de "um fim-de-semana intenso, com um roteiro que proporcione aos cidadãos de Lisboa o reconhecimento da cidade". Segundo José Mateus, pese embora "haja entre os visitantes um número significativo de turistas este é um programa que desde a sua génese em Londres, é orientado para as pessoas das cidades que o recebem".

Este ano, a edição conta com mais de 200 voluntários e 80 especialistas e apenas sete dos 73 locais necessitam de marcação prévia.

Espaços e roteiros

"Não é preciso ser geógrafo ou arquitecto para perceber que desde logo existem pontos de acesso para quem chega à cidade, que são pontos fundamentais de hierarquização do tecido urbano. Nós no Open House do ano passado tínhamos as referências a essas entradas a partir da Ferrovia e a Ponte 25 de Abril, por exemplo. Nesta edição deslocamo-nos para outras entradas, como o Aeroporto de Lisboa, o Bugio e o Edifício de Controle Marítimo", explica o comissário do Open House Lisboa.

Outro aspecto importante da cidade, continua José Mateus, "é olhá-la de cima para baixo e por isso temos mais de dez pontos altos e miradouros integrados no programa que no seu conjunto possam construir uma fotografia nítida sobre o que é a relação da cidade com a sua topografia e com o rio". Depois, naturalmente, continua o arquitecto, "há o reconhecimento bairro a bairro ? temos os Olivais e Carnide, por exemplo". Por último, "edifício a edifício, tentámos fazer uma espécie de corte transversal desde as épocas às várias tipologias de arquitectura".

Para ajudar os mais indecisos a escolher que espaços visitar, a organização do evento criou quatro roteiros temáticos construídos de acordo com quatro lógicas. "Lisboa à Vista" ? explora a topografia da cidade a partir de pontos elevados que oferecem novas formas de ver Lisboa e contempla a Torre de Controlo Marítimo, o Miradouro das Amoreiras e o Arco da Rua Augusta, entre outros; "Cidade Reabilitada" ? visa dar a conhecer diferentes projectos de reabilitação como o Museu do Oriente, a Sede da Fundação Millennium BCP e a Caleidoscópio, entre outros; "Formação e Criação" ? leva o visitante a descobrir escolas renovadas, atelier de artistas e locais geralmente interditos ao público, como o Atelier Fernanda Fragateiro e a Escola Secundária Braancamp Freire; e "Descobrir os Bastidores" ? consiste em espaços que suscitam grande curiosidade como o Cinema São Jorge ou zonas interditas do CCB.

Plus Nesta edição, o Open House Lisboa conta ainda com a participação de cinco agentes culturais da cidade ? Gerador, Escópio, EliseuBike&Co, Urban Sketchers e Arquiteturas Film Festival, que são os protagonistas do Programa Plus que irá proporcionar percursos, passeios de bicicleta, workshops, performances e ciclo de cinema. Para os mais novos, nesta 5ª edição é inaugurado o Open House Júnior com diferentes actividades lúdico-pedagógicas que colocam as crianças no papel do arquitecto. Não esquecer ainda que, em colaboração com a Stress.fm serão disponibilizados pdcasts que irão desvendar mais sobre alguns espaços do roteiro de 2016.

 

 

 

 

 

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