Broadway Malyan celebra 20 anos em Portugal e regista melhor ano de sempre no país

"Estamos a iniciar um novo ciclo", diz Margarida Caldeira, Main Board Director da Broadway Malyan, comprovado pela facturação da empresa, que superou pela primeira vez no projetos nacionais a crescer d3último ano financeiro, os 5 milhões de euros. 20 anos depois de abrir actividade em Portugal, a multinacional de arquitectura tem mais de 500 pessoas a nível global espalhados por 16 escritórios mundiais e registou o seu melhor ano de sempre no nosso País.

"2015 foi um ano de forte recuperação do mercado português, com a facturação gerada em projectos nacionais a crescer de 3% do total da actividade em 2014 para 30% no ano passado, prevendo-se que possa aumentar para cerca de 50% em 2016".

Segundo Margarida Caldeira, o crescimento do volume de negócios da Broadway Malyan em Portugal reflecte a consolidação do escritório de Lisboa como hub internacional da multinacional de arquitectura, sendo cerca de três quartos dos resultados gerados em projectos desenvolvidos para mercados internacionais, com especial destaque para o Médio Oriente a África Subsaariana.

Com projectos de várias escalas actualmente entre mãos, a hotelaria e o turismo parecem dominar a encomenda portuguesa da empresa no momento, tanto ao nível da reabilitação, como da remodelação e até construção nova. Entre eles está a renovação da Quinta das Lágrimas e de uma unidade Altis e ainda um projecto de grande destaque na Marina de Vilamoura. Sem adiantar nomes, grupos ou prazos, a diretora geral da Broadway Malyan, revelou apenas que existe um projecto actualmente em desenvolvimento de dimensões consideráveis, que alia a remodelação e a construção nova e que se enquadra na área do turismo, lazer e hotelaria.

Numa retrospectiva ao últimos 20 anos, Margarida Caldeira lembrou que "nos primeiros 10 anos em Lisboa, o mercado português concentrava a totalidade do nosso trabalho e estivemos envolvidos em alguns dos projectos mais emblemáticos que foram desenvolvidos em Portugal, incluindo intervenções no Aeroporto Internacional de Lisboa ou na estação ferroviária central de Lisboa".

Contudo, recorda, "os desafios que o mercado começou a enfrentar depois de 2008 são bem conhecidos de todos e, face a este cenário, decidimos não fechar a operação em Portugal, mas sim procurar oportunidades em mercados externos, quer em economias emergentes com fortes ligações a Portugal, quer em mercados mais maduros para os quais poderíamos exportar a nossa experiência em sectores como o retalho, espaços de trabalho e habitação".

De acordo com Margarida Caldeira, o estúdio de Lisboa venceu a conjuntura económica adversa que nos últimos anos se fez sentir em Portugal e desenvolveu um modelo de negócio robusto, que lhe permitirá construir uma posição sólida nos próximos anos.

"As perspectivas são bastante positivas, pois sentimos que existem oportunidades muito interessantes em áreas como o turismo, escritórios, habitação, retalho e masterplanning, quer em Portugal, quer no contexto mais abrangente da região EMEA", comenta. De salientar que, Margarida Caldeira foi recentemente nomeada para liderar o Board de directores da Broadway Malyan para a região EMEA (Europa, Médio Oriente e África) – em reconhecimento da sua experiência e da crescente influência e peso do escritório de Lisboa nos resultados do total da região. A diretora geral da Broadway Malyan vai ainda fazer parte do Comité Executivo do Grupo.

"O atelier de Lisboa tem actualmente uma equipa com cerca de 60 pessoas. Estamos bem preparados para crescer e bastante motivados para continuar a diversificar a nossa actividade, de forma a termos flexibilidade para absorver o impacto das diferentes fases do mercado imobiliário".

"No âmbito do meu novo papel como líder do Board de directores da Broadway Malyan para região EMEA estou muito empenhada em continuar a desenvolver a nossa experiência em toda a região, com Lisboa no coração desta estratégia. Depois de alguns anos muito desafiantes, temos todas as razões para estar optimistas quanto ao futuro de Portugal e a Broadway Malyan está muito bem posicionada para desempenhar um papel central na recuperação do mercado imobiliário do país", termina Margarida Caldeira.

Ao longo dos últimos 20 anos, a Broadway Malyan concluiu mais de 100 edifícios nos mais diversos segmentos em Portugal, totalizando mais de 1.000.000 m²?de área projectada.

Expansão

Recorde-se que, como parte da estratégia de expansão para os mercados lusófonos, a Broadway Malyan abriu um escritório no Brasil – que permitiu também explorar o mercado da América do Sul de forma mais alargada, incluindo a compra de uma operação no Chile, em 2014 ? e também desenvolveu laços fortes com Angola, onde está actualmente envolvida em projectos de retalho para grupos Angolanos de referência e onde concluiu recentemente, para o Governo Provincial, o plano de desenvolvimento urbano para Luanda 2030.

Também no Médio Oriente, a Broadway Malyan tem construído uma forte reputação, trabalhando neste mercado com alguns dos grupos imobiliários mais importantes da região, como o Aldar e o Emaar, sendo muitos dos projectos desenvolvidos a partir do atelier de Lisboa, como é o caso da nova sede do HSBC no centro do Dubai.

O projecto icónico de Vilamoura

BroadwayMalyan_Anteporto_Vilamoura A Broadway Malyan foi seleccionada pelos novos proprietários de Vilamoura para criar um projecto de elevada qualidade numa das mais importante zonas de entrada do empreendimento, a Marina. Com 5.000 m², o projecto compreende um conjunto de edifícios em que se incluem um novo yatch club, os escritórios sede da Marina, espaços comerciais e para restauração, os quais se desenvolverão rae arquietirarietários pretendee sob uma imponente pala inspirada nas ondas do Atlântico.

Recorde-se que, o resort de Vilamoura – que integra cinco campos de golfe, um centro equestre internacional e uma marina que tem capacidade para ancorar até 875 embarcações -, foi adquirido pela Lone Star e pela Tram28 em 2015, que na ocasião divulgaram os seus planos para aí desenvolver 5.000 unidades residenciais. A Broadway Malyan tinha já sido selecionada em 2010 para desenhar o anteporto da Marina de Vilamoura, mas o projecto foi cancelado devido à conjuntura económica desfavorável.

Margarida Caldeira, directora geral da Broadway Malyan, revela que os novos proprietários pretendiam que o gabinete de arquitetura re-conceptualizasse o projecto original de forma a integrar os seus actuais requisitos, mas mantendo o objectivo de criar um elemento icónico no contexto do resort.

"Vilamoura é um dos empreendimentos mais marcantes de Portugal e o nosso briefing passa por criar um projecto que surpreenda quem chega ao resort e que, ao mesmo tempo, reflicta a sua posição como um dos principais destinos marítimos da Europa", diz a responsável da Broadway Malyan.

"O novo projecto compreenderá um conjunto de edifícios centrados em torno do yatch club, onde se incluirá um restaurante, um terraço com bar e uma piscina, os quais nascerão sob uma pala que parece flutuar e que será um elemento distintivo e icónico do resort, além de ter a função útil de sombreamento", acrescenta Margarida Caldeira.

"A atracção de visitantes internacionais continua a estar no foco do desenvolvimento económico do país e, por isso, é muito importante este voto de confiança numa das jóias da coroa do turismo nacional. Da nossa parte, estamos muito motivados em criar um projecto que realce a sua importância para a vitalidade da região no longo-prazo", termina.

in Construir

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