JCB "revoluciona" mercado das escavadoras

"Uma máquina que vai revolucionar o mercado". É deste modo que o chairman da JCB apresenta a Hydradig, uma nova escavadora de rodas que, segundo Lord Bamford, "representa a transição entre o conceito e a realidade há muito esperada e traduz um compromisso que desafia o convencional e responde às exigências manifestadas pelos nossos clientes ao longo dos últimos anos". A expectativa era grande para a revelação daquela que será a "jóia da coroa" da companhia britânica na próxima edição da Bauma, a maior Feira Mundial dedicada ao sector da Construção que decorrerá em Munique de 11 a 17 de Abril. Numa iniciativa dedicada à imprensa europeia ? e num exclusivo do CONSTRUIR para Portugal – que serviu para a antecipação do que será a presença da JCB na feira alemã, o director da área de Desenvolvimento e Inovação revelou que a Hydradig é o resultado de um apurado trabalho de recolha de informação. Tim Burnhope revela que as tendências passam pelo desenvolvimento de equipamentos compactos mas robustos que permitam escavar, carregar, perfurar, elevar, sobretudo em espaços exíguos e ambientes urbanos. A juntar a essas características, Burnhope destaca a importância desses equipamentos assegurarem uma boa visibilidade a quem opera a máquina, condições óptimas de estabilidade e manobrabilidade, que assegurem uma eficiente mobilidade e que sejam de fácil manutenção. A Hydradig assegura tudo isso como nenhuma outra escavadora de rodas. "Ouvimos os nossos clientes, que nos asseguraram que o potencial de mercado para este tipo de máquinas era enorme. Eles sabem o que esperar de uma máquina", assegura o director da área de Desenvolvimento e Inovação da JCB, para quem as questões de eficácia de gestão de custos operacionais e se segurança para o operador e para a sua envolvente são determinantes. No entender de Lord Bamford, "a linha orientadora deste projecto passava pelo desenho e engenharia da mais inovadora solução que respondesse de forma fiel às grandes mudanças que os nossos clientes na área da construção têm pela frente".

5 pilares Visibilidade, estabilidade, manobrabilidade, mobilidade e fácil manutenção, tudo numa máquina. É neste eixo que assenta a inovação da Hydradig. "A visibilidade desde a cabina era um dos principais factores para os nossos clientes, essencialmente por questões de segurança em obra", revelou Burnhope, acrescentando que o grande contributo para este pilar foi dado pelo desenho da Hydradig. Não sendo um inovação em equipamentos para a Construção, trata-se da primeira vez que uma escavadora de rodas aloja o motor, sistemas de refrigeração, baterias e filtros na zona posterior da cabine, libertando espaço em altura e permitindo assim um ângulo de 360º de visão ao operador. A estabilidade era outra das preocupações atendendo a que as máquinas são hoje multifacetadas, mais do que especializadas em úma única utilidade. "Quando se reduz o espaço em obra, muitos clientes exigem melhorias ao nível da manobrabilidade ao passo que outros exigem uma melhor mobilidade de modo a que a máquina se desloque entre obras com maior rapidez. Burnhope assegura também que os clientes procuram uma maior facilidade nas operações de manutenção. Graças ao novo desenho da Hydradig, tudo o que envolve trabalhos no motor, refrigeradores ou filtros pode ser feito a partir do solo, sem necessidade de o técnico encarregue da manutenção tenha de trabalhar em altura. Agora pode fazê-lo a partir do solo. Desse modo, a JCB assegura uma redução do tempo de inactividade e aumenta a segurança em obra.

Tracção total A JCB Hydradig destaca-se pela tracção em todas as rodas e pelo aproveitamento da solução implementada nas mais recentes telescópicas: existem três modos de direcção (em um ou nos dois eixos em simultâneo e o modo "caranguejo"). A motorização, tal como acontece nos mais recentes equipamentos da companhia britânica, respondem às exigências IIIB/Tier 4 Interim, que debitam 81 kW (108 CV). O motor localiza-se numa face lateral, permitindo um centro de gravidade de metro e meio abaixo de algumas máquinas de 10 toneladas da concorrência. A Hydradig apresenta a mais recente versão de transmissão hidroestática que combina uma bomba de pistões de caudal variável e um motor de pistões de caudal variável. Este novo equipamento distingue-se igualmente pela distribuição de peso entre eixos, que ronda os 50%/50%, conferindo, em combinação com o posicionamento da "casa das máquinas", uma melhoria considerável de estabilidade. Existe igualmente uma opção de direcção invertida, opcional, que modifica o sentido das rodas motrizes numa rotação de 180 graus.


Recuperação lenta mas “notória”


Tim Burnhope mostra-se satisfeito pelo regresso aos números positivos, fazendo referência ao crescimento de 14% registado pela companhia, representada pela Motivo, em 2015. Em exclusivo ao CONSTRUIR, o director da área de Desenvolvimento e Inovação da companhia reconhece que a recuperação tem sido lenta mas notória e que a companhia saberá responder às exigências do mercado. A propósito do lançamento da Hydradig, Burnhope salienta que se trata de um equipamento que assenta, integralmente, nas exigências do mercado e na auscultação de clientes ao longo de anos. "Muito do trabalho que é feito hoje em dia diz respeito a intervenções em ambientes urbanos e espaços de manobra reduzidos e o que acontecia até agora é que os nossos clientes, de um modo geral, eram levados a colocar equipamentos pesados em espaços exíguos", revela Tim Burnhope. Segundo aquele responsável, a substituição desses equipamentos por outros mais ligeiros levantava igualmente algumas questões ao nível da capacidade dessa maquinaria de realizar trabalhos mais pesados. "Basicamente, nós respondemos eficazmente a esses dilemas e trabalhámos arduamente numa solução que marca uma nova era nas escavadoras de rodas", acrescenta

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