Vendas de elevadores caem 1% em 2015, o sétimo ano consecutivo! Empresas reagem

elevadorVendas de elevadores caem 1% em 2015. A informação, por si só, já é preocupante mas se acrescentarmos que este é o sétimo ano consecutivo em que a facturação do mercado de elevadores cai, muito graças à dinâmica da produção na construção, o panorama torna-se ainda mais complexo. O mercado dos elevadores em Portugal recuou 1% em 2015, para os 252 milhões de euros, mantendo a tendência decrescente que regista desde 2008, fruto da evolução negativa do sector da construção. Os dados são do estudo sectorial ?Elevadores' produzido pela Informa D&B. O segmento de instalação foi o que apresentou a evolução mais negativa, com uma queda próxima dos 3%, enquanto para a área de manutenção a descida é de 0,5%. O parque de elevadores e monta-cargas estava constituído em Dezembro de 2015 por cerca de 132 500 unidades, representando o distrito de Lisboa 37% do total e o do Porto 21%. As previsões a curto prazo apontam para o inicio de uma fase de crescimento do volume de negócios do sector. Assim, em 2016 é expectável um aumento moderado das vendas, cerca de 1%, tendência que deverá manter-se em 2017. No final de 2014, em Portugal continental existiam 83 empresas autorizadas pela Direcção Geral de Energia e Geologia a realizar actividades de manutenção e reparação de elevadores. Nesse ano, estas empresas empregavam cerca de 2800 trabalhadores. As cinco empresas principais por volume de negócios detinham 79% da facturação sectorial em 2014, enquanto o grupo das dez principais se aproximou dos 90%. As empresas de maior dimensão continuarão a aumentar a sua penetração no segmento de manutenção. Neste contexto, prevê-se que os principais grupos adquiram pequenas empresas, o que permite antever um aumento da concentração da oferta. Retoma em vista A expectativa para a retoma é grande. Pelo menos é essa a maior convicção dos agentes do mercado. Ao CONSTRUIR, o administrador da Schindler assegura que "o sector da construção tem vindo, timidamente, a dar sinais de retoma, pelo que é expectável que o negócio de ?Novas Instalações' venha a aproveitar esse embalo". Nuno Carrancho, que é também director de operações da companhia para o mercado nacional, acrescenta que "as duas principais cidades de Portugal – Lisboa e Porto – estão cada vez mais na rota do turismo e há todo um florescer de novos negócios e readaptação de estruturas para dar resposta às exigências de quem vem visitar o nosso país". "O que sentimos é que os empresários, nomeadamente os que mais beneficiam do boom do Turismo, estão cada vez mais atentos a todos os pormenores dos seus espaços, incluindo as soluções de mobilidade, que possam ter impacto na experiência positiva a proporcionar aos seus clientes", diz. Carrancho entende que "há oportunidades para os players do sector que souberem aproveitar a oportunidade e conseguirem desenvolver e implementar soluções inovadoras e que respondam aos exigentes requisitos destes novos públicos". Economia ditou quebra O director de operações da Schindler acrescenta que dificilmente este segmento de actividade poderia ficar à margem da contracção da economia, nomeadamente no período entre 2011 e 2014. Nuno Carrancho defende, ainda assim, que "continuaram a existir oportunidades no nosso mercado para as empresas que se souberam adaptar". "No caso da Schindler conseguimos capitalizar uma sólida experiência no segmento da reabilitação urbana que tem vindo a conhecer uma dinâmica de crescimento. Por outro lado, mantivemos o foco nas áreas de manutenção e modernização, permitindo acompanhar os requisitos cada vez mais exigentes do mercado", assegura, acrescentando que pese as dificuldades a companhia manteve o investimento em inovação "e em soluções que nos diferenciem da concorrência e dêem resposta a necessidades de mercado ainda não preenchidas". "É o caso da tecnologia Schindler PORT, que disponibiliza um sistema único de pré-selecção de destino, através do qual cada passageiro é reconhecido previamente pela manobra do elevador e conduzido ao respectivo piso. Este mecanismo proporciona a redução do tempo de espera dos utilizadores, minimizando o número de paragens e viagens desnecessárias. Associado a este facto obtêm-se uma optimização do consumo energético para o edifício", acrescenta. O CONSTRUIR procurou reacções ao estudo da DB Informa por parte da Schmitt+Sohn e da Thyssenkrupp mas não obteve respostas em tempo útil.

in Construir

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