A Arcadis registou um resultado operacional de 137 milhões de euros em 2015, o que traduz um aumento de 11% face aos resultados obtidos no ano anterior ? 123,6 milhões de euros. À imagem deste resultado, o lucro da multinacional holandesa de engenharia também registou uma subida, desta feita, de 8%, passando de 91,6 milhões referentes à actividade de 2014, para 98,7 milhões de euros, em 2015. As receitas do grupo cifraram-se nos 2.597 milhões de euros no ano transacto, o que reflecte um aumento de 29%, face aos 2.016 milhões que a empresa obteve em 2014. O EBITA aumentou 20%, para 208,8 milhões de euros em 2015.
Condições de mercado desafiantes
Em comunicado de imprensa, o grupo destaca que está a ser confrontado com as desafiantes condições nos mercados emergentes e na América do Norte, o que o levou a adaptar a sua organização para a "realidade actual do mercado". A Arcadis frisa ainda que o resultado de uma revisão financeira das aquisições da Hyder e da Callison foi "decepcionante". Contudo, a mesma fonte realça que o negócio a Hyder apresentou forte crescimento e melhoria das margens. "2015 foi um ano difícil em vários dos mercados onde a Arcadis opera", declarou Neil McArthur. Segundo o CEO do grupo, "uma forte recessão no Brasil, um abrandamento na Ásia e a manutenção dos baixos preços do petróleo tiveram impacto no nosso negócio nos mercados emergentes e nas nossas linhas globais de negócios ? Infra-estruturas e Ambiente". "Simultaneamente, integrámos duas grandes aquisições, que aumentam em 30% o número de funcionários, lançámos a reviravolta do nosso negócio norte-americano e implementámos de forma eficiente os programas de reestruturação e de Performance de Excelência", acrescentou McArthur.
Aquisições e sector privado impulsionam receitas
Ao Construir, Luc Hellemans, CEO da Arcadis para o Sul da Europa, referiu que, na região da Europa Continental, a Arcadis teve "um bom crescimento de receitas em 2015". Segundo este responsável, o crescimento "surge principalmente da aquisição da empresa de consultoria Hyder e dos nossos clientes do sector privado". "As nossas receitas brutas aumentaram de 559 milhões de euros em 2014 para 613 euros em 2015", enquanto que "o nosso EBITA operacional aumentou de 36 milhões de euros para 44 milhões de euros (margem de 8,1% para margem de 9,2%)", explicou Hellemans. De acordo com o responsável do grupo, na Europa Continental, "a nossa área de negócio de Edifícios, que representa 37% das receitas brutas, registou um forte crescimento orgânico". "As receitas brutas das linhas de negócio de Infra-estruturas, que representa 25% das receitas brutas globais, e de Ambiente, que representa o mesmo, tiveram variações nulas nesta região", continuou. Por outro lado, segundo Hellemans, a área de negócios de Água, que representa 13% do total das receitas brutas, decresceu. "A principal razão para a performance destas três últimas áreas de negócio é o baixo investimento no sector público", justificou, desta forma, ao Construir. Para 2016, Luc Hellemans prevê "condições relativamente favoráveis na Europa Continental".
